4 hábitos que podem acabar com a sua autoconfiança

Subestima o seu valor? Sente-se desmotivado? Receia dizer ou fazer algo de errado? Saiba o que pode estar a arruinar a sua autoconfiança.

Conquistar e manter a autoconfiança não é nada fácil. Até mesmo as pessoas mais bem-sucedidas enfrentam a síndrome do impostor, duvidando de si mesmas e acreditando que não são boas o suficiente e que é apenas uma questão de tempo até que sejam desmascaradas.

Embora seja normal sentir uma onda de nervosismo ou mesmo ter dúvidas quando está perante uma nova situação, alguns dos seus hábitos diários podem estar a comprometer a sua autoconfiança, afirma Selena Rezvani, autora de “Quick Confidence: Be Authentic, Create Connections and Make Bold Bets On Yourself” (“Autoconfiança rápida: seja autêntico, crie conexões e aposte alto em si mesmo”, em tradução livre), citada pela Fast Company.

“Ficar preso à zona de conforto ou subestimar o seu valor prejudica a sua confiança”, alerta a autora, referindo que “é possível falar e agir com mais ousadia e não deixar que as suas inseguranças falem por si”. Rezvani diz que há quatro hábitos que precisa de abandonar o quanto antes  para ter mais confiança em si mesmo.

1. Expressar-se mal e de modo hesitante ou mal articulado
O que diz e como diz importa. Usar uma linguagem “pobre” pode prejudicar a sua confiança e manifestar-se de formas diferentes.

A primeira é quando expressamos pensamentos incompletos e usamos fragmentos de palavras. “A pessoa fica com medo de deixar claro o seu ponto de vista e, por isso, interrompe as frases sem concluir a ideia. Também é comum atropelar os assuntos e continuar a falar demais, dando explicações desnecessárias”, diz Rezvani.

Ser rápido demais em ceder a palavra é outra maneira de diminuir o status da sua fala. Numa reunião, por exemplo, pode dizer: “Tudo bem, pode falar, eu não sou especialista nisso”. “Isso é um problema porque revela insegurança de assumir a responsabilidade ou a tomada de decisões, o que não ajuda a sua própria confiança”, analisa Rezvani.

Outro mau hábito é pedir permissão muito tempo antes de tomar a palavra. “Se tem uma ideia firme ou uma sugestão clara em mente do que deseja fazer, não precisa necessariamente de pedir permissão a toda hora.”.

Por exemplo, em vez de dizer: “será que todos concordam em nos encontrarmos novamente na terça-feira?” diga: “sugiro que nos encontremos novamente na terça-feira para avaliar os itens em aberto”. “Quando se expressa dessa forma, as pessoas sabem que está seguro do que diz”, garante Rezvani.

2. Comparar-se com os outros
A comparação é um verdadeiro ladrão da nossa energia e também prejudica a autoconfiança. “Temos tendência a compararmo-nos com pessoas que têm mais influência, maior salário, melhor preparação física e que são boas justamente no que não somos. Ao fazer esse tipo de comparação, é natural que se sinta desanimado e desmotivado. Afinal, está a deixar de olhar para as qualidades e dons que provavelmente também tem”, explica a autora.

3. Baixar sempre a cabeça
Todos fomos ensinados a ceder à autoridade dos adultos quando se é criança. Infelizmente, isso pode afetar a confiança no trabalho, fazendo com que meta os pés pelas mãos quando está a conversar com o chefe ou outra pessoa numa posição de liderança.

Rezvani encoraja a reivindicar o seu lugar na conversa, mudando a sua mentalidade para falar com a pessoa, não com uma imagem de poder. “Em vez de falar com ‘Rachel, a CEO’, fale com ‘Rachel, a pessoa’. O ser humano que está sentado aqui, na minha frente. Que, assim como eu, provavelmente queria dormir 10 minutinhos a mais hoje ‘. Interagir com o indivíduo e tratá-lo de modo singular é metade do caminho andado”.

Quando fica com medo de expressar as suas ideias, ninguém sai a ganhar. “Os outros vão sair do encontro sem nada de memorável sobre si. Em lugar de ficar passivo, como um ouvinte, observador ou aluno, seja um participante ativo”, exemplifica.

4. Presumir que o chefe sabe tudo sobre o seu trabalho
Embora o trabalho do seu chefe seja orientá-lo e saber o que a fazer, ele pode ter memória curta. “Os líderes têm tanto hiperfoco que, muitas vezes, não sabem o que está a fazer naquele preciso momento, muito menos o que está a fazer com brilhantismo”, diz.

Relatar regularmente os seus resultados positivos pode aumentar a sua confiança. Por exemplo, pode ter recebido feedback de um cliente satisfeito ou de um cliente interno. Talvez tenha criado um sistema mais eficiente ou conseguido uma receita ou negócio adicional. Rezvani sugere que partilhe essas informações em reuniões individuais com o seu chefe.

 

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