3 truques para melhorar a tomada de decisão

Tomar decisões pode ser uma atividade esgotante, se não souber atribuir prioridades. Descubra como economizar as suas energias nas menores escolhas – e guardá-la para as decisões que realmente importam.
Quantas vezes se questionou sobre o que deve fazer? Tomar uma decisão pode ser uma das coisas mais assustadoras, especialmente no local de trabalho, onde as consequências são grandes e as informações parecem infinitas. De acordo com o estudo da McKinsey, apenas 20% dos entrevistados numa ampla variedade de locais, cargos e setores disseram que as suas organizações se destacam na tomada de decisões. Este dado revela que a maioria das pessoas está, em certa medida, “a lutar com a maneira correta de tomar decisões”, revela o estudo.
Se se caracteriza como uma pessoa “indecisa”, não está sozinha. Neuroeconomistas revelaram que a indecisão está relacionada com uma região identificável no cérebro. A intensidade da comunicação entre o córtex pré-frontal, localizado diretamente abaixo da testa, e o córtex parietal, logo acima das duas orelhas, determina se somos indecisos ou não. Embora ainda não tenham sido identificados dados sobre como mediar esse canal de comunicação no cérebro, existem hábitos que pode criar no dia a dia para melhorar o seu poder de decisão.
Ashley Stahl, coach e autora, enumerou na Forbes três dicas para o ajudar a tomar a decisão certa.
1. Reconhecer que não tomar decisão é também tomar uma decisão
A indecisão aparece de várias maneiras: síndrome de fomo (“fear of missing out” ou medo de ficar de fora”), esconder-se atrás do medo do fracasso e de “fazer a escolha errada” ou deparar-se com pensamentos do tipo “e se”.
A maioria dos líderes concorda que ter confiança para tomar decisões – e agir de acordo com elas– é essencial para o sucesso. Em quase todos os casos, escolher é melhor do que não fazer nada. A ação, de qualquer tipo, leva a pessoa a seguir em frente. Em muitos casos, especialmente quando se trata de encontrar um plano de carreira adequado, é necessário um período de tentativa e erro. E mesmo que falhe, ou se o caminho que pensou que queria não é mais o seu sonho, lembre-se que, pelo menos, descartou o que não funciona, e isso é extremamente valioso, aconselha Stahl.
2. Aceitar que o futuro é desconhecido
O nosso cérebro, particularmente uma área chamada sistema límbico, responsável pelo processamento de emoções e comportamento, gosta de saber exatamente o que vai acontecer para que nos possamos proteger. Esta área é sintonizada para trabalhar como uma máquina de previsão: ter uma resposta desencadeia uma sensação de recompensa, enquanto a incerteza cria dor e coloca o nosso corpo em alerta.
É por isso que as experiências emocionais negativas são duas vezes mais intensas do que as positivas, de acordo com Daniel Kahneman, galardoado com o Prémio Nobel de Economia de 2002. Esse sistema de resposta a ameaças é forte, mas quando a pessoa é capaz de reconhecer a sua relutância e teimosia, consegue fazer mais facilmente uma escolha e seguir em frente.
O futuro é desconhecido, mas pode apontar na direção que deseja seguir. Se tiver clareza sobre a direção que quer tomar, começa simplesmente a comparar as possibilidades com as direções que deseja seguir e escolher a que está mais alinhada.
3. Ir atrás do crescimento, não da perfeição
Pode cometer um erro e aprender com ele, em vez de autocriticar-se. Essa é a definição de liberdade. Abandonar os erros do passado e permitir-se cometer novos erros significa que está no caminho de se tornar na versão mais decisiva de si mesmo.Muitas vezes queremos seguir a ideia de perfeição e ficamos bloqueados.