Formas de melhorar o processo de tomada de decisão

Um livro do autor Steven Johnson apresenta algumas abordagens interessantes para facilitar as suas tomadas de decisão. Conheça outros métodos para além do tradicional levantamento dos prós e contras.
Quando há um confronto com uma tomada de decisão há dois tipos de pessoas que agem de formas diferentes: as que são rápidas e conclusivas e as que são o extremo oposto – e que ficam paralisadas.
Felizmente, existem algumas ferramentas que podem ajudar estas pessoas a melhorar esta característica. Quem o diz é Steven Johnson, autor de nove livros sobre ciência, negócios e tecnologia.
Johnson lançou recentemente uma nova obra intitulada “Farsighted: How We Make the Decisions That Matter the Most”. Nesta, apresenta case studies e reflexões sobre deliberações importantes, que oscilam entre decisões na vida pessoal (como um casamento) e decisões geopolíticas (como lutar contra Osama bin Laden).
As estratégias partilhadas por Johnson baseiam-se no estudo de casos históricos, como o de Darwin – que, quando ia publicar a sua investigação, se viu num dilema por ter uma mulher religiosa.
No decorrer dos seus estudos, o autor chegou à conclusão que há três passos a dar para melhorar as tomadas de decisão mais importantes:
1. Não ser demasiado decisivo
Um dos erros apontados por Johnson nas tomadas de decisão é o excesso de confiança com que os líderes muitas vezes abordam os problemas. Segundo este autor, ser capaz de tomar uma decisão com confiança é importante nas escolhas fáceis da vida. No entanto, nas questões mais importantes, Johnson afirma que a “deliberação é bastante mais importante do que a capacidade de tomar uma decisão imediata”.
2. Envolva outras perspectivas
É igualmente importante que traga outras perspectivas para cima da mesa quando tiver de fazer uma grande escolha. Para além do autor, há múltiplos estudos que afirmam que os grupos com diversificação não só tomam melhores decisões, como também criam solução mais engenhosas. “É da natureza de um problema complexo que haja ângulos que não são visíveis através de uma única perspectiva”, explica Johnson no livro. Neste sentido, sempre que tiver que precisar de tomar uma decisão importante reúna algumas pessoas para perceber outros pontos de vista.
3. Pense no pior cenário possível
Depois de já ter dado estes dois passos e de ter tomado uma decisão, pense no pior cenário possível. O que poderá acontecer se a decisão correr muito mal? Esta estratégia de gestão, intitulada premortem, é uma autópsia antecipada ao pior cenário possível. Segundo o autor, ao fazer a antevisão desta forma, as equipas conseguem examinar falhas que doutra maneira seriam impossíveis de antever.