Opinião

Três formas de conseguir uma PME mais inteligente em 2018

Nuno Igrejas, SMB branch director da Ricoh Portugal

Estamos seguros de que 2018 apresentará muitos desafios para as PME. Na verdade, e tendo em conta que 2017 foi um ano instável, em que as condições do mercado por toda a Europa convergiram para uma restrição ao investimento: gastar menos e melhor é a palavra chave para fazer face ao aumento do custo de vida dos consumidores.

Ao mesmo tempo, é muito provável que muitas PME sintam a pressão a aumentar devido às alterações normativas de grande escala, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), que entrará em vigor durante o primeiro semestre deste ano.

Contudo, e face aos desafios que as PME têm pela frente, acreditamos com forte otimismo, que o mercado permitirá às organizações, evoluir para um negócio mais dinâmico, colaborativo e produtivo.

Fazê-lo da forma assertiva, significa dar as ferramentas e competências necessárias aos colaboradores para que trabalhem de forma mais ágil e produtiva. A boa noticia é que este tema está claramente na agenda das PME.  Desta forma, e tendo em conta um estudo dirigido pela Ricoh, é revelado que 86% dos responsáveis das PME europeias, 81,6% em Portugal, estão a centrar os seus esforços para a melhoria da agilidade empresarial este ano.

Para estes líderes, as seguintes três áreas deverão ser cruciais para o seu negócio:

1 – Permitir que os colaboradores tomem decisões mais rápidas: com demasiada frequência, os processos internos são rígidos e obsoletos, não sendo revistos com a periodicidade que deveriam. Os indicadores demonstram que apenas 36% dos líderes das PME fomentam um ambiente para que a empresa possa reagir rapidamente em relação às alterações presentes. O que funcionava bem no passado pode, no presente, já não ser uma realidade, uma vez que há a probabilidade de começarem a surgir complexidades derivadas da expansão/crescimento. Quando combinado com uma cultura estratificada, pode evitar as dinâmicas de novas ideias e criação de valor, potencialmente valiosas para a organização. Combater frequentemente este tipo de situações, através de processos de revisão tecnológica no local de trabalho, garantirá que melhores decisões possam ser tomadas de uma forma mais rápida.

2 – Converter-se num negócio melhor conetado: as PME não podem ficar à espera enquanto os seus concorrentes diretos aproveitam ao máximo os benefícios da tecnologia. As tecnologias digitais rentáveis são cada vez mais comuns e permitem às pequenas e médias empresas capitalizar os mesmos benefícios de produtividade. Na verdade, e de acordo com 67,60% dos responsáveis das PME portuguesas, a tecnologia é a base para que a sua organização prospere. O intercâmbio de conhecimento rápido e efetivo é vital para o crescimento do negócio. À medida que o mercado evolui, também evoluem as expectativas dos colaboradores sobre o tipo de tecnologia que os ajudará a melhorar o seu desempenho e a sua satisfação no local de trabalho. Em contexto particular, no meio laboral, as soluções de comunicação, tal como as videoconferências (que são já indispensáveis), permitem padrões de trabalho colaborativos e remotos, preconizando ao mesmo tempo o aumento de produtividade.

3 – Aliar a informação à intuição: muitos diretores das PME tomam decisões baseadas na intuição e no instinto. Ainda que este facto seja notável e demonstre conhecimento de mercado, estou certo de que o ideal é conhecer os produtos pelos quais os clientes estão dispostos a pagar, bem como o momento em que os fornecedores já não conseguirão responder à procura.
Ainda que 64% dos responsáveis das PME europeias reconheçam este facto e priorizem o investimento na tecnologia de análise (no caso das PME portuguesas falamos de 60%), a forma como utilizam a informação é o que realmente conta: encontrar tendências que anteriormente estavam ocultas. Esta situação pode ser muito valiosa para ajudar não só os decisores, mas também os colaboradores das empresas a tomar decisões mais inteligentes e aumentar o impacto das mesmas. Por exemplo, incentivando os seus melhores clientes com ofertas e comunicações personalizadas.

Os diretores das PME têm competências importantes a seu cargo: gerir o crescimento da organização, ter em consideração as novas regulamentações e investir no futuro da empresa. Estas tomadas de decisão não são assim tão simples, pois envolvem vários processos burocráticos, trabalhosos e muitas vezes demorados. O truque é começar a investir em ferramentas e tecnologias adequadas de modo a responder de forma ágil e em concordância com o tipo e necessidade de cada interlocutor. É de salientar que 52% dos responsáveis das PME acreditam que se as organizações não introduzirem novas tecnologias a curto prazo, em cinco anos poderão chegar à falência.

A chave para prosperar é manter uma postura de foco, agilidade, indo ao encontro às ferramentas tecnológicas disponíveis que adaptem as organizações a superar os desafios que são impostos.

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