Tecnologia, sustentabilidade e cibersegurança serão as tendências contabilísticas para 2025

O setor da contabilidade apresenta algumas novidades para o próximo ano. A fintech Rauva identifica algumas tendências.

Tal como muitos outros setores de atividade, também o da contabilidade evolui rapidamente, impulsionado por novas tecnologias e pela crescente atenção dada a temas como a sustentabilidade e a segurança digital. Devido a este crescimento da atividade, a Rauva, plataforma portuguesa de gestão financeira integrada para PME, identifica as principais tendências que irão moldar o setor em 2025. O destaque vai para o impacto da automação, das ferramentas de inteligência artificial (IA) e da integração de critérios ESG (ambientais, sociais e de governança) nos processos contabilísticos.

1. Automação e Inteligência Artificial

Com a crescente digitalização, a automação e a inteligência artificial (IA) estão a transformar a execução das tarefas contabilísticas. Contudo, a sua eficácia depende de uma base sólida de integração de dados. Sem um modelo de dados profundo, reconciliado e holístico, o verdadeiro potencial da IA não pode ser alcançado. Essa integração é essencial para otimizar processos repetitivos e demorados, como a reconciliação bancária, a análise de dados e o reporting financeiro, estabelecendo as bases para decisões mais informadas e estratégicas.

2. Sustentabilidade e ESG

A pressão social e legislativa para que as empresas sejam mais transparentes nas suas práticas ambientais e sociais tem também repercussões na contabilidade. Em 2025, os relatórios financeiros terão um foco acrescido em indicadores de ESG com contabilistas a integrarem dados sobre práticas de sustentabilidade, impacto ambiental, responsabilidade social e governança corporativa.

2025 marcará o início da aplicação prática dos normativos, com empresas cotadas obrigadas a integrarem indicadores ESG nos relatórios financeiros entregues em 2026, e o alargamento às grandes empresas nos anos seguintes. No caso das PME, apenas as cotadas estarão sujeitas às novas regras a partir de 2027, mas todas enfrentarão exigências indiretas devido às cadeias de valor. Estas práticas reforçarão os compromissos éticos e o papel estratégico dos contabilistas no apoio aos empreendedores na identificação de incentivos fiscais, gestão de riscos e oportunidades em sustentabilidade.

3. Cibersegurança e privacidade de dados

Com a digitalização das transações financeiras, a cibersegurança e a proteção de dados tornaram-se áreas críticas para o setor contabilístico. Assim, no próximo ano, a segurança dos dados financeiros e a privacidade das operações empresariais continuarão a ser prioridade, à medida que se intensificam as preocupações com a confidencialidade e com o cumprimento da legislação de proteção de dados, levando as organizações a implementarem ferramentas e mecanismos tecnologicamente mais avançados, complexos e robustos para a autenticação e encriptação de dados, para que os dados e a informação financeira sejam apenas acessíveis a organizações e indivíduos autorizados.

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