No final do ano de 2022, foi divulgado, em Portugal, o projeto-piloto “Semana de quatro dias” que visa uma redução das horas de trabalho semanal, sem que haja uma redução da retribuição. Volvidos dois anos, já conhecemos o relatório com as primeiras conclusões deste projeto.
A maioria dos trabalhadores deseja uma semana de trabalho de quatro dias, com 23,9% a manifestar interesse em trabalhar apenas 32 horas por semana, mesmo que isso signifique um corte de salário, segundo inquérito da Coverflex.
Ainda que em fase de testes, alguns países começam a aderir à semana de 4 dias de trabalho. Bélgica, Reino Unido e Islândia são alguns exemplos.
Na campanha para as eleições do passado dia 30 de Janeiro o vencedor Partido Socialista incluiu no programa a proposta de "Promover um amplo debate nacional e na concertação social sobre novas formas de gestão e equilíbrio dos tempos de trabalho, incluindo a ponderação de aplicabilidade de experiências como a semana de quatro dias em diferentes setores" (p. 67). Naturalmente que a ideia dominou as atenções, com os eleitores a sonhar com mais 52 “feriados” por ano. Qual a viabilidade da sugestão?