Vivemos no tempo de Trump. Adore-se ou deteste-se (e quase todos estão numa destas duas posições), a nossa época é definida pelo magnata americano.
Todas as vezes que a União Europeia tem um problema grave convoca um comité de sábios e pede um relatório. O mais recente, sob a direção de Mario Draghi, foi apresentado a 9 de setembro com o tema decisivo: “O Futuro da Competitividade Europeia”, apresentando soluções para acelerar o crescimento e reduzir a distância para os EUA.
Que tem Donald Trump a ensinar aos líderes de hoje? Ele é político de topo mas, acima de tudo, criou um feito único na história: três anos após a derrota eleitoral, uma revolta falhada e arrastado e condenado em tribunais, é o favorito nas eleições do país mais exigente do mundo. Que podemos aprender com ele?
Todos vamos ter de nos adaptar à era da inteligência artificial. O que isso significa ninguém realmente sabe, porque ainda não vivemos nessa era.
A revolução do 25 de Abril significou caos, destruição e decadência, certo? Não, de todo! O novo regime, descontada a natural turbulência, inevitável em transformações abruptas, correu espantosamente bem.
«O poder de se habituar ao seu ambiente é uma característica marcante da humanidade. Muito poucos de nós reconheceram com convicção a natureza intensamente insólita, instável, complexa, não fiável e temporária da organização económica na qual a Europa Ocidental viveu durante o último meio século.»
Ultimamente surgiu na nossa discussão económica uma palavra inusitada: “milagre”. O Prémio Nobel Paul Krugman, velho amigo de Portugal, disse na entrevista ao Jornal de Negócios de 21 de novembro que a nossa economia é “uma espécie de milagre”.
Todos os anos a discussão à volta do Orçamento de Estado cria enorme burburinho. O Governo faz pequenas revelações durante semanas para alimentar o interesse. No dia fatídico, o senhor ministro exalta a profusão de medidas e garante maravilhas para o ano seguinte.
Um dos maiores problemas dos líderes hoje em dia é exercer autoridade. Ter poder é fácil, mas para inspirar os subordinados é preciso aquela dose de respeito e admiração que define a superioridade.
Os líderes temem uma coisa acima de tudo: a transformação do jogo. A luta diária pelo sucesso do projeto é dura e difícil; mas enquanto as regras se mantiverem, os gestores ao menos sabem com o que contam.
Uma das grandes qualidades dos verdadeiros líderes é a coerência. Esta frase é verdadeira mas tem de ser bem entendida, porque outra das grandes qualidades dos verdadeiros líderes é flexibilidade, e isso pode chocar diretamente com a primeira.
De repente parece ter-se entornado tudo. Portugal era um país sereno no meio da enorme confusão política europeia. Até conseguiu uma maioria absoluta de um só partido, algo com que a maioria dos nossos parceiros só podem sonhar. Desde então tudo se complicou.