Start-ups fintech podem ser cruciais no apoio aos refugiados

Aliar finanças e tecnologia mobile pode ser uma solução para facilitar a integração dos refugiados nos países que os acolhem. Saiba porquê.

O desenvolvimento da tecnologia das start-up fintech pode ser uma maneira de ajudar a integração dos refugiados. A ideia é defendida por Baybars Altuntas, presidente do World Business Angels Investment Forum (WBAF).

Atualmente, segundo a UN Refugee Agency, existem mais de 22,5 milhões de refugiados no mundo. No âmbito da integração dos imigrantes, em julho do ano passado, na reunião dos G20 em Hamburgo, foram discutidos o conceito de inclusão financeira e o papel do desenvolvimento económico.

As pequenas e médias empresas são um dos principais fatores de contribuição para o desenvolvimento económico de qualquer país. Apesar deste tipo de empresas (que no caso português, segundo dados de 2016, representam 99,9% do total de empresas), ser um dos principais motores da economia, os refugiados, que podiam contribuir para o desenvolvimento da mesma com a criação de novos negócios, encontram grandes dificuldades de acesso ao financiamento. O facto de não terem uma conta bancária no país (atualmente, dois mil milhões de pessoas não têm acesso a uma conta para as operações mais básicas, como depositar e levantar dinheiro) e de terem de pagar grandes taxas para enviar e receber dinheiro do seu país de origem, dificulta todo este processo.

Como cidadão da Turquia – o país que recebeu mais refugiados a nível global -, este problema é familiar ao presidente do WBAF. Num artigo recente da BNE Intellinews, Altuntas explicou que agrupar tecnologia mobile e serviços financeiros pode ser uma solução para os refugiados que não têm os seus documentos e que precisam de abrir uma nova conta bancária no país que os acolheu.

“Ajudar os refugiados e migrantes por todo o mundo a terem um melhor acesso a serviços bancários, a um custo razoável, garante-lhes que conseguem instalar-se mais rápidamente num novo país e criar novos negócios, permitindo-lhes contribuir para a economia do país, criar novos empregos e apoiar o crescimento económico”, explicou o presidente do WBAF.

Baybars Altuntas defende ainda que o fator risco associado à criação de novos negócios pode ser encarado mais facilmente pelos refugiados, visto que, numa fase inicial de acomodação, têm menos a perder. “Quando o risco compensa, vemos negócios a começar, muitos empregos a serem criados e, a longo prazo, um valor criado para a economia local”, acrescentou.

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