Start-up inglesa de saúde mental ajuda empresas a cuidar dos colaboradores

Apoiar a saúde a mental dos trabalhadores é o core business da Spill. A start-up inglesa acaba de conseguir uma ronda de 2.2 milhões de euros.

A Spill é uma start-up britânica que presta apoio remoto à saúde mental dos colaboradores das empresas através da ferramenta de mensagens Slack. Fundada em 2017, a Spill foi relançada em janeiro do ano passado fruto da crescente procura de apoio à saúde mental dos funcionários, devido à pandemia da Covi-19, o que acabou por impulsionar o desenvolvimento do projeto ao longo de 2020. A start-up passou de zero para mais de 100 clientes em menos de 12 meses, entre os quais a Typeform, Bulb ou a Depop.

Os colaboradores das empresas que se inscreveram no Spill podem reservar uma sessão de vídeo com um terapeuta qualificado em apenas três cliques. Em alternativa, podem enviar uma mensagem a um terapeuta e receber uma resposta até ao dia seguinte, ou procurar ferramentas e conteúdos de saúde mental na plataforma.

A Spill já emprega mais de 30 terapeutas em todo o Reino Unido, que trabalham remotamente por vídeo, telefone ou mensagem. Estão todos registados nos organismos profissionais do setor e têm pelo menos 200 horas de experiência clínica e um grau mínimo de três anos.

Entre os utilizadores que fizeram um curso de seis sessões de terapia, a Spill foi mais eficaz na redução de sintomas de depressão e ansiedade do que qualquer terapia do SNS ou um curso de antidepressivos, assegura a start-up.

Uma pesquisa realizada pela Spill e Censuswide descobriu que 38% dos trabalhadores do sector tecnológico consideraram a terapia pela primeira vez este ano. Os dados apurados indicam ainda que a necessidade de apoio psicológico pode ser maior para as start-ups: 44% das pessoas em empresas mais pequenas (10-99 pessoas) consideraram fazer terapia pela primeira vez este ano, contra 31% nas maiores empresas (mais de 100 pessoas). Mais de 1 em cada 4 (26%) os trabalhadores tecnológicos também sentiram que a sua empresa não tinha dado apoio adequado à saúde mental no último ano.

Depois deste crescimento acentuado, a start-up anunciou no final da semana passada o fecho de uma ronda de investimento de 2,2 milhões de euros, liderada pela Ada Ventures. A verba deverá ser utilizada para desenvolver ferramentas pró-ativas que ajudem a criar um local de trabalho mais atencioso psicologicamente, passando do tratamento de saúde mental para a prevenção. Em 2019, a start-up já tinha participado num ronda pré-seed, liderada pela Passion Capital.

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