Start-up dos EUA planeia lançar habitats do tamanho de estádios no espaço

A Max Space é uma start-up norte-americana especializada em inovação espacial que tem em agenda o lançamento de habitats no espaço.

O fascínio pelo espaço continua a mobilizar o espírito criativo e inovador de muitos empreendedores pelo mundo. Um dos exemplos recentes é o caso da norte-americana Max Space, uma start-up que apresentou recentemente, no 39th Space Symposium, nos EUA, o projeto de habitats “do tamanho de um estádio”, que pretende lançar no espaço para facilitar a agricultura, o turismo e até a realização de eventos desportivos.

O Independent fala de um projeto “infinitamente expansível” que a Max Space afirma que pode ser utilizado para criar estações espaciais na órbita terrestre baixa, bem como colónias na Lua e em Marte.

Os habitats poderão variar entre os 20 e os 1000 m³, embora a start-up afirme que não existe um limite teórico para a sua escalabilidade. O lançamento do primeiro habitat da Max Space está previsto para 2026, a bordo do foguetão Starship da SpaceX. Todavia, a start-up tem planos para várias outras missões até ao final da década.

O cofundador da Max Space, Aaron Kemmer, explicou que o “problema com o espaço hoje é que não há espaço habitável suficiente”, cita o Independent. Por isso, “a menos que tornemos o espaço utilizável no espaço muito menos dispendioso e muito maior, o futuro da humanidade no espaço continuará a ser limitado”, conclui.

Maxim de Jong, também cofundador da Max Space, explicou ao Independent que há quase 20 anos concebeu e construiu “os dois primeiros cascos insufláveis de pressão para naves espaciais, que ainda hoje se encontram em órbita da Terra”. Mas, acrescentou, “apesar do seu sucesso, apercebemo-nos de que não conseguíamos aumentar a escala de forma eficiente para as dimensões maiores de que realmente necessitávamos no espaço. Por isso, depois de ambas as naves Genesis terem voado, enveredei por um caminho de conceção totalmente diferente para, em última análise, desenvolver uma arquitetura expansível que é fundamentalmente previsível e infinitamente escalável”.

As primeiras aplicações dos módulos poderão ser utilizadas como depósitos de armazenamento de propulsores espaciais, permitindo que os foguetões se reabasteçam em órbita. A Max Space também espera conseguir contratos com a Nasa e outras agências espaciais governamentais para a construção de uma estação espacial em órbita, uma vez que a Estação Espacial Internacional (ISS) deverá ser retirada antes de 2030.

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