Start-up do cofundador do PayPal avaliada em 1,7 mil milhões de euros

A Affirm de Max Levchin, um dos cofundadores do PayPal, recebeu 170 milhões de euros em investimentos.

A Affirm, uma start-up que ajuda os utilizadores a obter financiamento, recebeu recentemente um investimento de 170 milhões de euros.

O projeto que nasceu em 2012 em São Francisco, na Califórnia, e que não tinha financiamento há mais de um ano, teve agora acesso a uma ronda de investimentos de série F.

Foi a GIC, fundo de capital subsidiário do governo de Singapura, que liderou esta última ronda. A Khosla Ventures e a Spark Capital, que já tinham participado anteriormente no financiamento da start-up, juntaram-se à instituição de Singapura para investir.

Segundo dados da Crunchbase, desde 2014, altura em que a Affirm recebeu o primeiro investimento, o projeto já  captou mais de 610 milhões de euros.

Primeiramente noticiado pelo Wall Street Journal, este investimento avalia a Affirm entre os 1,275 e os 1,7 mil milhões de euros.

Parte do sucesso da empresa e da confiança alcançada junto dos investidores vem do facto de Max Levchin fazer parte da equipa. Este empreendedor que nasceu na Ucrânia e que aprendeu a programar com papel e caneta (como explicou recentemente numa entrevista ao Business Insider), foi um dos cofundadores do PayPal e trabalhou de perto com Elon Musk.

Este projeto ajuda os consumidores a dividirem pagamentos grandes em mensalidades e, segundo Levchin, o negócio tem uma faceta mais ética que a dos seus competidores. Isto porque a Affirm só concede financiamento a quem acredita que consegue pagar os produtos e, mesmo antes de comprarem, os utilizadores podem prever em quantas prestações vão pagar. Ao contrário dos financiamentos bancários, a start-up explica que não tem qualquer tipo de taxa escondidas.

De forma a não abranger apenas as compras online, a empresa lançou recentemente uma aplicação mobile que vai potenciar o financiamento para pagamentos em lojas físicas.

Um dos problemas sentidos pela Affirm é o facto das gerações mais novas serem pouco recetivas a acumularem dívidas de créditos. Para combater esta tendência, a start-up vai criar ferramentas que ajudem os utilizadores a gerirem o seu dinheiro. Até abril deste ano, foram feitos mais de um milhão de empréstimos com um valor que superou os 850 milhões de euros.

Esta ronda de investimentos vai servir para garantir mais empréstimos e para começar a internacionalizar a Affirm. Em nota à Techcrunch, Levchin explicou que receber “investimento não significa vencer”, mas sim um “comprometimento para atingir melhores resultados”.

Comentários

Artigos Relacionados