Start-up de Coimbra quer tornar a construção de edifícios mais eficiente

A Build.ing está a desenvolver uma plataforma que recorre a técnicas de Inteligência Artificial para trabalhar as áreas da arquitetura e engenharia de forma conjunta.

Uma start-up portuguesa está a criar uma plataforma online que, recorrendo à Inteligência Artificial (IA), pretende trabalhar de forma integrada as valências de arquitetura e engenharia e tornar o processo de construção de edifícios mais eficiente. O objetivo da build.ing é ajudar a indústria da construção a projetar e a desenvolver edifícios de carbono zero líquido até 2030.

Em declarações à agência Lusa, um dos fundadores da build.ing, Elias Silva, explicou que a start-up, sediada em Coimbra, é “uma solução para as empresas de construção otimizarem as suas escolhas, reduzindo os custos da obra com ciclos de projeto mais curtos e sustentáveis”.

“Atualmente, o projeto construtivo é fragmentado”, afirmou, acrescentando que as áreas da arquitetura e de engenharia “devem ser pensadas em conjunto desde o início do processo de conceção” dos edifícios.

Nesse sentido, a build.ing está a desenvolver uma plataforma online que, ao recorrer a técnicas de Inteligência Artificial, trabalha de forma conjunta as áreas da arquitetura e engenharia, criando modelos e estudos de desempenho energético com materiais de pegadas ecológicas diversas.

A plataforma, que será uma “página em branco” e “livre de subjetividade”, permitirá apresentar aos construtores “diferentes cenários realísticos”, tendo como foco a redução das emissões de carbono, os materiais de construção, o custo e o tempo.

“O serviço apresenta diferentes possibilidades construtivas com base nos objetivos dos construtores”, afirmou Elias Silva, destacando que o objetivo é “trazer a sustentabilidade” para o processo.

O protótipo da plataforma deverá estar concluído até ao final deste mês.

A build.ing foi uma das três vencedoras da Final Nacional do ClimateLaunchPad, etapa organizada pela UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, e vai representar Portugal na final europeia da competição, que se realiza no último trimestre deste ano e visa apoiar ideias de negócio que reduzam o impacto negativo no ambiente.

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