Silicon Valley assiste a corrida de capitalistas de risco. O alvo são as start-ups de tecnologia.

Os capitalistas de risco estão a correr a um ritmo acelerado para investir em start-ups de tecnologia em Silicon Valley. Há empresas, como a norte-americana Tiger Global Management, que quase estão a duplicar os seus investimentos em relação ao ano passado.

Os venture capitalists (capitalistas de risco) estão a correr a um ritmo vertiginoso para investir nas start-ups de tecnologia de Silicon Valley, o que se tem refletido num aumento da competição crescente para financiar as novas empresas e em avaliações inflacionadas, avançou o Financial Times (FT).

Os investidores estavam a planear investir mais de 460 mil milhões de dólares (386 mil milhões de euros) em start-ups este ano, de acordo com o fornecedor de dados PitchBook – um aumento de quase 40% em relação ao pico de 2018.

“Há uma tremenda competição”, disse Arun Mathew, sócio da empresa de capital de risco Accel, ao FT. “Há muito capital no mercado em todos os estágios”, acrescentou.

A procura por investimentos está a ser liderada por empresas maiores, como a Coatue Management e a Tiger Global Management. A Coatue investiu em 17 empresas privadas este ano, de acordo com dados do Pitchbook.

A Tiger gere 50 mil milhões de dólares (42 mil milhões de euros) em ativos e quase duplicou o ritmo dos seus investimentos no ano passado. A empresa norte-americana, que está a fazer um investimento a cada dois dias, liderou alguns dos maiores negócios deste ano, incluindo uma ronda de financiamento de 450 milhões de dólares (377 milhões de euros) que avaliou a empresa de pagamentos Checkout.com em 15 mil milhões de dólares ( 13 mil milhões de euros).

Column chart of Amount invested, $bn showing Venture capitalists make quick start to 2021

Os capitalistas de risco afirmam que o ambiente do mercado aumentou a pressão para se fazer negócios rápidos, especialmente em setores que beneficiaram das mudanças de comportamento provocadas pela pandemia, como o software empresarial e o comércio eletrónico.

“Você tem que tomar uma decisão no espaço de uma semana, em vez de algumas semanas”, disse Nicole Quinn, sócia da Lightspeed Venture Partners, que investe em start-ups de consumo, ao FT.

Esta pressão leva a que algumas start-ups de tecnologia tenham avaliações que excedem em muito o seu valor em relação ao progresso dos seus negócios e que as operações de financiamento resultem em preços premium. A Sequoia Capital, por exemplo, está em negociações para liderar uma ronda de financiamento na Benchling, que fornece software para ciências da vida, que poderá quadruplicar a sua avaliação para cerca de 4 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros).

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