Saúde mental no top5 dos maiores custos dos planos de saúde empresariais
Os custos com planos de saúde deverão aumentar 7% nas empresas portuguesas e a saúde mental entrou no top5 dos maiores custos dos planos de saúde. Quem o diz é o 2023 Global Medical Trend Rates Report, da Aon.
Os dados disponibilizados pelo 2023 Global Medical Trend Rates Report, da Aon preveem que os custos com os planos de saúde aumentem cerca de 7% nas empresas portuguesas. De acordo com o relatório, os custos com os planos de saúde em Portugal registam um crescimento bruto de 3% face ao anterior (previsão de 7% em 2023 face a 4% em 2022).
Globalmente, a tendência mundial também aponta para crescimento, com a previsão dos custos de saúde das empresas de 9,2%, em 2023, comparativamente com os 7,4%, em 2022, registando-se assim a taxa mais alta desde 2015.
De acordo com o 2023 Global Medical Trend Rates Report, as coberturas dos planos de saúde mais procuradas em Portugal são as de hospitalização, serviços clínicos de laboratório e análises clínicas, estomatologia e oftalmologia, mantendo-se em linha com as registadas no relatório do ano passado.
No que diz respeito aos fatores de risco, Portugal regista nas cinco primeiras posições a falta de rastreio médico (fator que ainda poderá estar associado à pandemia), o envelhecimento, a genética, a incorreta gestão do stress e a tensão arterial elevada.
As projeções com os custos de saúde associados a cada patologia retratam uma situação idêntica, tanto em Portugal como a nível global, e são consistentes com as registadas no ano anterior. As patologias que mais contribuem para os custos dos planos de saúde empresariais global são as condições cardiovasculares e as doenças cancerígenas. Portugal está no top 5 as doenças cancerígenas, cardiovasculares, musculoesqueléticas e de costas, diabetes e saúde mental, que este ano integra, pela primeira vez, esta análise.
O Global Medical Trend Rates Report mostra ainda que, a nível global, as medidas prevalentes são o investimento em programas de bem-estar numa perspetiva de prevenção, evitando custos mais avultados com tratamentos numa fase mais avançada dos processos.
Portugal também regista estes programas no top 5 e, sendo que as iniciativas de bem-estar dominantes procuram dar suporte a todo o espectro do circuito de promoção de bem-estar, desde deteção precoce (check-ups, consultas oftálmicas, assessements ao nível da nutrição ou adições, como tabaco); educação (comunicação, kits de bem-estar e programas de incentivos); e tratamento (com programas de apoio aos colaboradores, de cessação tabágica e de nutrição).
Quando analisadas as tendências por região, a Europa e o Médio Oriente e África destacam-se com o maior aumento dos custos de saúde face ao ano anterior, de 5,6% para 9.1%, e de 11,1% para 14,5%, respetivamente.