Sabe como tornar os fornecedores numa vantagem competitiva? A BCG explica.

O guia da Boston Consulting Group (BCG) revela as medidas que as empresas devem adotar para fazer dos seus fornecedores uma vantagem competitiva.

Colocar os fornecedores no centro da sua estratégia pode ser um dos caminhos para os líderes empresariais potenciarem a sua capacidade de abastecimento e extraírem mais valor destes para fazer com que as suas empresas alcancem o êxito, entre crises de cadeias de abastecimento, inflação desenfreada e escassez de energia. Esta é uma das sugestões avançadas pelo “Profit from the Source: Achieving Multiple Forms of Competitive Advantage”, um  trabalho da consultora Boston Consulting Group (BCG) agora divulgado.

Trata-se de um guia através do qual a consultora recomenda as 10 medidas que as empresas devem adotar para fazer com que os seus fornecedores se transformem numa vantagem competitiva e não numa fonte de custos. Assim, e no domínio da liderança, a BCG sugere que os líderes devem dedicar cerca de 25% do seu tempo a questões relacionadas com fornecedores e aquisições de materiais, criando novas relações com os que são mais importantes para o negócio.

Devem também construir relações próximas com os CEO dos principais fornecedores, que representem metade do orçamento das organizações contratantes. Por último, devem ainda atribuir ao diretor de produto novas funções que se foquem no crescimento rentável e não apenas na redução de custos, trabalhando com os fornecedores para prever o inesperado.

Já no âmbito da organização, a consultora defende que se deve dar à equipa de abastecimento um papel central no ciclo de vida do produto, do início ao fim, para que possam contribuir de forma integrada desde a idealização à pós-produção do produto. Também é importante automatizar as tarefas administrativas rotineiras de abastecimento, combinando as virtudes da criatividade humana e da tecnologia digital, assim como dar aos gestores de compras a tecnologia baseada em inteligência artificial necessária para melhorar a sua tomada de decisão.

Relativamente à rede de fornecedores, a BCG aconselha que as empresas exijam um compromisso inicial para duplicar as poupanças dos fornecedores em troca de um pacote agregado de apoio empresarial para combater a inflação desenfreada; que se desenvolvam relações just in case, e não just in time, com os fornecedores para aumentar a resiliência e a proximidade; que se trabalhe com os fornecedores de forma a reduzir as suas emissões de carbono e acelerar o caminho em direção à neutralidade carbónica; e ainda que se reorganize a função de abastecimento para que esta contemple os fornecedores como uma fonte de investimento no âmbito da pesquisa, desenvolvimento e inovação.

A aplicação destas medidas, conclui o guia da consultora, poderá criar empresas mais fortes, mais competitivas e mais sustentáveis, prontas para um novo paradigma.

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