Quero Educação: a start-up que já deu mais bolsas a estudantes que o governo brasileiro

A Quero Educação já ajudou 760 mil estudantes brasileiros a entrar na universidade. A start-up brasileira conseguiu este feito ao oferecer descontos nas propinas e no acesso ao ensino superior aos estudantes.

Sendo o Brasil um país onde apenas 16% dos trabalhadores têm formação superior, esta iniciativa é importante para fomentar a economia e ter uma maior oferta de pessoas qualificadas.

O negócio da Quero Educação passa por criar parcerias com as universidades e ajudá-las a reter o maior número de alunos possível. Isto é feito através de bolsas promocionais que ajudam as instituições de ensino a preencher as vagas disponíveis nos seus cursos.

Segundo os dados apresentados no site da Quero Educação, o Quero Bolsa, o programa da start-up, é responsável por 10% da captação no ensino superior brasileiro, contando já com parcerias com mais de mil instituições.

E tudo aponta para que o número de parcerias e de alunos suba de ano para ano. Em 2015 as receitas da start-up rondaram os 1,3 milhões de euros. Em 2017 as receitas previstas são superiores em dez vezes, calculando-se que vão chegar aos 13,6 milhões de euros.

Este crescimento pode ser consequência do programa que a Quero Educação integrou na Y Combinator, uma das maiores aceleradoras de Silicon Valley. Grandes empresas como a Twitch, Reddit, Airbnb, Dropbox e Weebly passaram por esta aceleradora.

Para Geoff Ralston, membro da equipa da Y Combinador, “a Quero Educação é de nível mundial e o seu conhecimento do mercado e execução têm sido extraordinários”, acrescentando ainda que “encontrar a escola ideal pelo preço certo é um problema universal. O mercado brasileiro é o lugar perfeito para começar o que acreditamos que vai ser uma empresa multimilionária e global”.

Endereçando o problema de nem todos terem acesso ao ensino, Bernardo de Pádua, um dos fundadores da Quero Educação, referiu que “no Brasil, há mais de três milhões de alunos a entrar no ensino superior todos os anos e uma fila de dezenas de milhões que não conseguiram ter acesso”. Por norma, segundo o cofundador, esta falta de acesso é consequência de carência de informação ou do elevado preço das mensalidades.

Nos próximos anos é esperado um aumento considerável no valor da empresa. Os órgãos de comunicação brasileiros especializados em empreendedorismo mostram confiança no crescimento da Quero Educação, referindo que esta poderá mesmo ser a primeira start-up do país a elevar-se a nível unicórnio (um valor superior a 832 milhões de euros).

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