QuantumNova arrecada 2 milhões para proteger empresas de ciberataques quânticos

A deep tech portuguesa QuantumNova fechou uma ronda de dois milhões de euros. Agora vai investir em desenvolvimento técnico de produtos e soluções na área da cibersegurança.

A QuantumNova revelou ter fechado uma ronda pre-seed que lhe permitiu captar dois milhões de euros, capital que pretende aplicar no desenvolvimento de técnico de produtos e soluções que utilizam criptografia pós-quântica, uma tecnologia que permite às organizações transitar para estados de cibersegurança resistentes a ataques quânticos sem terem de investir em hardware quântico.

“A crescente digitalização da economia, a interconectividade de produtos e serviços e o desenvolvimento da Inteligência Artificial aumentam a vulnerabilidade de pessoas e organizações. No entanto, a maior ameaça à segurança dos dados das organizações passa pelo rápido desenvolvimento da computação quântica, que traz consigo desafios inéditos no campo da cibersegurança”, afirma André Grilo, o jovem engenheiro informático fundador e CEO da QuantumNova.

O processo adotado por esta deeptech protege os sistemas de informação das organizações, garantindo a total confidencialidade, a autenticidade e integridade dos dados, estejam eles armazenados ou em movimento, explica a start-up. A criptografia pós-quântica permite a proteção dos dados contra ameaças correntes ou as ameaças provocadas pelo desenvolvimento da computação quântica, tendo como principal vantagem, quando comparada com tecnologias como Quantum Key Distribution (QKD), o facto de não implicar alterações ao hardware existente.

Deste modo, as  soluções de SaaS da QuantumNova permitem às organizações transitar de imediato para uma infraestrutura resistente a ataques quânticos, de forma simples, rápida e sem latência acrescida. A deeptech desenvolveu uma VPN (Virtual

Private Network) pós-quântica que garante uma total segurança e privacidade das comunicações online, protegendo-as da intromissão de terceiros. “Este produto é particularmente relevante para organizações com colaboradores a trabalhar remotamente, que tenham parceiros que acedam aos seus servidores dessa forma, ou ainda para empresas cujas infraestruturas de armazenamento de dados sejam baseadas na cloud”, esclarece André Grilo.

Comentários

Artigos Relacionados