Quanto tempo demoro a levar a minha start-up ao sucesso?

Esta foi a pergunta de partida para a publicação de um empreendedor que já criou nove empresas de raiz. Conheça a sua resposta e os padrões que são transversais a todos os projetos.

O lançamento de uma start-up pode demorar pouco tempo. Se utilizarmos as novas soluções disponíveis podemos até demorar horas para criar uma loja online, por exemplo. Mas quanto tempo é que demora até que a start-up se torne num negócio de sucesso?

Esta é uma das questões mais frequentes feitas a Wil Schroter, um empresário de sucesso que já criou nove empresas (e vendeu quatro). Para responder a esta pergunta, o empreendedor escreveu uma publicação na Startups.co sobre o tema.

Segundo ele, são precisos – pelo menos – quatro anos para desenvolver uma start-up até um estágio em que se possa chamar de “negócio”. E para atingir o patamar de sucesso que desenhou para a sua start-up são precisos entre sete a dez anos.

Com base na sua vasta experiência a criar projetos de raiz, o empreendedor acredita que durante os primeiros quatro anos há certos padrões que transversais a todas as start-ups, independentemente das áreas em que se encontram. Nesta publicação, Wil Schroter detalhou esses padrões.

Primeiro ano – “Tudo é uma vitória”
Depois do início do projeto há dezenas de “pequenas” vitórias. Desde o lançamento do website à presença nos média – tudo isto são passos que o fazem acreditar que está no caminho certo.

Apesar disto, Schroter define o primeiro ano como o primeiro período do liceu: “não significa que entre em Harvard, mas simplesmente que teve um bom começo”. A partir desta ideia, é importante que os empreendedores mantenham os “pés bem assentes na terra”, de forma a não descurarem o empenho no negócio.

Segundo ano – “Onde é que está o dinheiro?”
O segundo ano é definido como o da “ressaca” depois de uma grande festa (primeiro ano). Nesta altura, é bastante provável que o dinheiro esteja perto de se esgotar e, finalmente, apercebeu-se que lançar um negócio não é o mesmo que o validar e que ter clientes numa fase embrionária não se traduz em clientes a longo-prazo. A acumulação de dívidas também o pode afetar.

A experiência de Schroter diz-lhe que é provável que no segundo ano se comece a preocupar com o facto de ter ou não tomado a decisão certa. A única coisa que pode fazer para contornar isto é tentar dar o seu melhor no dia-a-dia e fazer crescer a empresa pouco a pouco. Segundo o empreendedor, pensar que “vai dar tudo certo” é um erro e uma perda de tempo.

Terceiro ano – “Altura de validar o negócio”
Chegou ao terceiro ano. Antes de mais, parabéns. Um grande número de start-ups não sobrevive para contar a história do seu terceiro ano.

A experiência de Schroter diz-lhe que, por esta altura, o entusiasmo que sentia no primeiro ano se transformou em ansiedade (existem formas de combater isto). A pergunta “será que tomei a decisão certa?” continua a atormentá-lo e a ser o principal motivo dessa constante agonia.

O terceiro ano é caraterizado  com a angústia de ainda não ter conseguido validar a ideia. No entanto, Schroter acredita que é quase impossível ter um negócio de sucesso por esta altura e que é normal ainda estar com dificuldades para atingir o ponto de equilíbrio económico – isso ainda pode demorar alguns anos.

Nesta altura também é provável que se questione se consegue continuar este caminho durante mais dois ou três anos. O empreendedor afirma que esta é uma boa altura para desistir do projeto, caso ache que é algo porque não vale a pena lutar.

Quarto ano (e adiante) – “Onde a magia acontece”
Se olharmos para a história de grandes empresas, encontramos sinais significativos que nos indicam que os fundadores não sabiam se o projeto ia dar resultado.

A razão para não conseguirem perceber se o seu negócio vai dar resultado até esta fase prende-se com o facto das equipas demorarem algum tempo a aprimorar componentes importantes como a aquisição de clientes, o desenvolvimento de produto, a comunicação e a gestão.


Wil Schroter concluí que criar uma start-up não é apenas um exercício de criação de uma empresa, mas sim uma maratona emocional que acontece em torno de objetivos de negócio. Por estes motivos, o empreendedor acredita que é preciso uma grande destreza emocional para suportar o desenvolvimento de um projeto desta natureza.

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