Previsões de crimes cibernéticos aumentam. Proteja os negócios e a reputação.

Depois de um 2022 onde não faltaram casos nacionais e mundiais de ciberataques, prevê-se que 2023 não seja muito melhor no que respeita a ataques ransonware e fraudes. A análise é da Avast que deixa algumas dicas para proteger os seus negócios e a sua reputação.

Tempo de reflexão, o início de um novo ano é sempre marcado pela expetativa e por previsões nos mais diversos setores da atualidade. Um deles é a tecnologia, cada vez mais presente no quotidiano de todos, sejam indivíduos ou empresas. Por isso, e depois de um 2022 onde foram recorrentes, à escala global, problemas relacionados com a cibersegurança de empresas e entidades oficiais, a Avast analisa três previsões para os crimes cibernéticos em 2023, sobre ramsonware, golpes e crimes cibernéticos, que se adivinham cada vez mais sofisticados, e avança com algumas sugestões para evitar ou contornar os ataques sem danos de maior nos negócios ou na reputação da empresa, se for o caso.

Ransomware vai piorar
O ransomware foi um crime frequente em 2022, com os ciber criminosos a recorrerem a ataques de phishing e outras técnicas sofisticadas para aceder aos sistemas de organizações públicas e privadas. Hospitais, grandes corporações e indivíduos, ninguém esteve a salvo no ano que passou.

Michal Salat, diretor de inteligência de ameaças da Avast, lembra que “em 2022 houve ciber criminosos a ameaçarem publicar os dados das suas vítimas se não fosse pago um resgate e esperamos que essa tendência cresça em 2023”. Alerta que isso coloca em risco os dados pessoais das pessoas, além de representar um duplo risco para as empresas, já que quer a perda de arquivos confidenciais quer a violação de dados podem ter consequências graves nos negócios”. Este ano, o diretor de inteligência de ameaças da Avast prevê que este tipo de ataques continue a aumentar.

Pandemia de golpes online
Golpes ligados a escândalos ou à pandemia proliferaram em 2022. As soluções de software tornaram os crimes cibernéticos mais difíceis e os criminosos foram atrás dos utilizadores, targets mais fáceis de alcançar. “Estamos a viver uma pandemia de golpes online há algum tempo e não há sinais de desaceleração”, reafirmou o representante da Avast. “Os cyber grupos fazem tudo para explorar os piores medos das pessoas e induzi-las a enviar dinheiro ou fornecer dados pessoais, porque é mais fácil tornar as pessoas vulneráveis do que hackear os seus dispositivos”, explica.

Cibercriminosos cada vez mais profissionais
O cibercrime é um negócio que está em permanente evolução, e 2022 foi dominado pelo aparecimento de conglomerados de criminosos ou grupos de ransomware cada vez mais “profissionais”. O recrutamento de jovens para se tornarem hackers é uma prática preocupante, segundo Michal Salat. Por isso, alerta, o recrutamento deve ser uma das maiores preocupações das empresas. “Jovens com menos conhecimento técnico são pagos para conduzir ataques, ou instalar ransomware nos aparelhos dos funcionários. A tendência cresce devido às dificuldades económicas atuais”, afirma o especialista.
“O cibercrime tem sido um negócio em crescimento há anos, mas começamos a ver malware de código aberto tornar-se rapidamente mais disponível e distribuído em plataformas”.

Proteção acima de tudo
Embora estas tendências sejam preocupantes há forma de proteger os seus dados ou os da sua empresa. Implemente algumas estratégias para não ser vítima de ransomware.

Pesquise o histórico da empresa antes de comprar online – Desconfie quando vir grandes ofertas. Faça uma pesquisa, averigue há quanto tempo a empresa está no mercado e procure saber qual a opinião de outros clientes. Se desconfiar que algo não está bem, denuncie.

Prefira pagamentos com cartão de crédito virtual – Comparados com as transferências bancárias e os cartões de débito, os cartões de crédito são mais seguros porque as empresas de crédito estão melhor preparadas quando se trata de fraude. Se o seu banco disponibilizar um cartão online para compras, melhor ainda.

Evite links e downloads – Os ciber criminosos podem usar anexos e sites para infetar seu computador com malware. Por exemplo, trojans geralmente entram nos dispositivo disfarçados de anexos inofensivos e podem trazer rootkits, spyware ou adware com eles. Alguns malwares mostram apenas anúncios, mas outros podem ser muito prejudiciais.

Não partilhe informações pessoais – Desconfie quando um site pede dados quando não há necessidade. E, quando um site pedir para preencher perguntas de verificação (muito úteis, embora não sejam imbatíveis), guarde as respostas para si e não partilhe com ninguém.

Mantenha o software atualizado – Certifique-se de que o seu sistema operacional e as aplicações recebem novas atualizações assim que forem lançadas, de forma a conseguir preencher falhas de segurança e impedir que os hackers implantem ransomware.

Faça backups  – O ransomware geralmente atua bloqueando o acesso a arquivos importantes. Se tiver feito backup dos arquivos com segurança noutro lugar, a probabilidade de perdê-los é menor.

Use um bloqueador de anúncios – Desta forma evita ser atraído por grandes ofertas que podem ser fraudulentas.

Seja cético  – Desconfie de links estranhos enviados através de emails, redes sociais ou aplicações de mensagem. Mesmo que o link venha de alguém que conheça, essa pessoa também pode ter sido hackeada sem se ter apercebido.

Use um antivírus – Instale uma boa aplicação de segurança cibernética para o ajudar a bloquear malware e vírus antes que estes causem danos irreversíveis.