O que é preciso para construir uma start-up tecnológica sem o know-how

Já teve alguma ideia que faz falta no mercado, mas não tinha as ferramentas nem o conhecimento para a executar? Saiba o que precisa para por em prática a sua ideia e começar uma start-up.

Já teve várias ideias para construir uma app ou um website que poderiam revolucionar o mercado, mas falta-lhe o conhecimento para colocar a sua ideia em prática. Não está sozinho neste problema.

O fundador da empresa de e-commerce Alibaba, por exemplo, apesar de ter criado uma das maiores gigantes tecnológicas do mundo, é péssimo a matemática. Os fundadores da plataforma de alojamento local Airbnb não são programadores, mas designers. Portanto, se não tem qualquer tipo de formação na área não veja a situação como uma barreira, mas sim como um desafio.

Rahul Varshneya, cofundador de três empresas tecnológicas partilhou no Entrepreneur a melhor maneira de criar uma start-up de base tecnológica sem ter conhecimentos avançados de informática. Eis as suas sugestões:

1. O primeiro problema, quando não se tem os conhecimentos para executar uma ideia, é como construir o produto. As respostas costumam ser ou contratar um developer ou fazer tudo em regime de outsourcing. Nesta situação o que fica mais em conta, e o mais inteligente a fazer, segundo Rahul, é criar um regime com os dois tipos de modalidade.

Para desenvolver o produto, o empreendedor aconselha a que, em primeiro lugar, peça a alguém em regime de outsourcing que faça o trabalho. Depois, quando já tiver o produto e o mercado testados, pode contratar um developer a tempo inteiro.

Esta ideia pode ser especialmente útil para não ter de lidar com recursos humanos quando ainda não sabe se o produto resulta e se o mercado é recetivo à sua ideia.

2. Passo número dois: onde encontrar profissionais capazes de desenvolver o seu produto. Nesta situação, o autor do artigo do Entrepreneur aconselha que não pesquise no Google empresas ou profissionais na área. Isto porque, normalmente, quem aparece em primeiro lugar são as páginas que têm o SEO (search engine optimization) mais bem trabalhado e não as melhores.

Nesta situação, o melhor é pedir referências a alguém que já tenha passado pela situação. Caso não tenha conhecimento de alguém, tente pesquisar artigos de opinião de quem já passou pelo mesmo.

3. É complicado desenvolver uma start-up de base tecnológica se não tiver nenhum background na área, mas mais complicado é se não souber nada sobre o assunto. Ter alguns conhecimentos de programação pode ajudar bastante no desenvolvimento. Não só para poder discutir o assunto com os developers, mas também para perceber o que é ou não passível de ser feito.

Se quiser aprender sobre programação pode sempre tirar alguns cursos online grátis. Neste caso uma pesquisa rápida no Google pode resolver o problema. Se estiver disponível e quiser mesmo aprender sobre código, a Academia de Código pode satisfazer as suas necessidades.

4. Eventualmente vai ter de contratar pessoas a tempo inteiro de forma a conseguir construir o seu produto (se for apenas uma start-up em que a componente tecnológica não seja o principal foco, o melhor é continuar a trabalhar com developers em regime outsourcing). Este passo é inevitável, especialmente se estiver à procura de investidores. A componente outsourcing não traz conforto a um investidor por ser mais complicado e moroso desenvolver os produtos.

5. Arrancar com o negócio é mais fácil do que a maioria das pessoas pensa. Grande parte dos empreendedores cometem o erro de tentar começar logo a procurar grandes somas de investimentos para alimentar o seu negócio. A ideia aqui é não se atirar de cabeça para o projeto antes de ter testado o produto/serviço. Quando houver a validação do seu público-alvo pode começar a investir cada vez mais o seu tempo na ideia. Técnicas como as descritas no ponto número um podem ser úteis nesta situação.

6. Não aposte logo nas redes sociais. Um dos básicos do marketing passa por identificar primeiro o público-alvo e depois os canais de distribuição que podem chegar aos seus potenciais clientes. E apesar destes poderem estar presentes nas redes sociais, a sua presença não se traduz no objetivo de ter contacto com marcas ou produtos. Não utilize as redes sociais, ou qualquer outro tipo de plataforma, porque “tem de ser”. Se este tipo de iniciativas só vier a trazer trabalho e não trouxer nenhum tipo de conversão para o seu negócio não há qualquer aspeto positivo na sua presença.

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