Caminhe para o sucesso e não faça parte das más estatísticas

A vida e os negócios são um jogo de números. Mas isso não significa que não possa ser inteligente na forma como lida com os números que o podem levar ao sucesso.
Muito desse trabalho passa por perceber onde está o risco e, assim, tentar reduzir as hipóteses de estes acontecerem. Para ajudar nessa tarefa Tom Koulopoulos, autor de mais de 10 livros e fundador do grupo Delphi, identificou cinco das mais importantes estatísticas que precisa dominar se quiser criar uma start-up.
Cada uma delas indicia uma situação que pode muito bem acontecer ao seu negócio, mas deixa-lhe algumas pistas para identificar onde estão os maiores desafios/armadilhas e, assim, conseguir contorná-los.
Fixe estas dicas para levar a bom porto a sua caminhada rumo ao sucesso e evitar ser mais um número nas estatísticas das start-ups falhadas.
1 – Em cinco anos, 50% dos novos negócios fracassam
Esta é talvez uma das estatísticas mais citadas quando se fala de start-ups, daí que, por si só, não seja uma surpresa. Mas talvez seja uma das mais interessantes. Contrariamente aos humanos que à medida que envelhecem, ano após ano, aumentam as probabilidades de morrer, as empresas que sobrevivem depois dos dois primeiros anos têm menos probabilidade de “morrer” a cada ano que passa. Assim, enquanto 25% dos novos negócios não conseguem passar do primeiro ano, apenas 10% dos negócios que o ultrapassam morrem no quinto ano, e apenas 6% no décimo ano. Em parte, isso deve-se à criação de uma base de clientes, ao aperfeiçoamento do modelo de negócio e à criação de reservas financeiras. Mas também aqui o empreendedor deve ser cauteloso. Construa boas “fundações”, uma base sólida para que possa enfrentar os riscos que eventualmente surjam nos anos seguintes, e assim ter a segurança de um negócio bem estabelecido.
Mas aqui é onde você precisa ser cauteloso. Considere a possibilidade de construir uma base financeira para que possa assumir um risco maior em anos extremos, quando tiver a segurança de uma empresa estabelecida.
2 – É mais provável que tenha sucesso se já tiver fracassado
Aqui está outra estatística que contraria a intuição. Embora os fundadores de um negócio anteriormente bem-sucedido tenham 30% mais hipóteses de ser bem-sucedido no seu próximo projeto, os empreendedores que falharam num negócio anterior têm 20% de hipóteses de sucesso versus 18% de hipóteses de sucesso para os empreendedores iniciantes. Mas afinal por que motivo? Porque embora se aprenda muito com o sucesso, também com o fracasso se aprendem lições valiosas sobre o que não se deve fazer.
Se está pela primeira vez a entrar no mundo dos negócios, e ainda não passou por estas experiências, quer de sucesso quer de fracasso, rodeie-se de alguém que já tenha vivido essa situação e o possa aconselhar. Ou então, envolva-se numa outra start-up antes de se aventurar em construir a sua própria.
3 – 95% dos empresários têm pelo menos um diploma
Muitas vezes associa-se o facto de não se completar os estudos universitários com o sucesso de empreendedores como Bill Gates, Steve Jobs ou Mark Zuckerberg, que abandonaram a universidade para abrir as suas empresas.
Mas os números falam por si e a verdade é que as probabilidades de se ser bem sucedido são muito maiores de continuar a estudar e a enriquecer não só os seus conhecimentos, como também relações que o poderão ajudar à medida que avança no seu percurso profissional.
4 – Escalar demasiado rápido ou cedo demais pode levar ao fracasso
O crescimento de um negócio nem sempre acontece ao ritmo que se deseja ou que se tinha previsto. Por vezes demora mais do que se pensava, sobretudo porque a visão que se tem do mercado nem sempre corresponde ao que na realidade se encontra. Dê a si mesmo um tempo, redefina as expetativas e seja paciente com o seu sonho.
5 – Dois fundadores aumentam as hipóteses de sucesso
Começar uma start-up com dois fundadores em vez de apenas um, aumenta significativamente as possibilidades de sucesso. Aumentará em 30% o investimento, conseguirá clientes três vezes mais depressa. É um dado adquirido, a nível mundial, que as start-ups se saem melhor quando são criadas por dois parceiros de negócios equilibrados e totalmente envolvidos no projeto.
A capacidade de confiar um no outro, de partilharem os riscos, de colaborarem criativamente e de partilharem responsabilidades é absolutamente crítico durante as etapas iniciais de crescimento. Ter o projeto todo para si pode ser tentador mas este é o caso em que 1+1 é definitivamente melhor que a soma das partes.