Portugal apresenta zonas livres tecnológicas e polos de inovação digital

Foram oficialmente lançadas Zonas Livres Tecnológicas (ZLT). O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, revelou também os polos de inovação digital.

Depois de há cerca de um ano terem sido anunciadas pelo Governo, foram ontem oficialmente lançadas as Zonas Livres Tecnológicas, num evento que decorreu no Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (Ceiia), em Matosinhos. Tratam-se de zonas destinadas à execução de testes de tecnologias, produtos, serviços e processos inovadores, “espaços seguros” onde as empresas podem testar produtos, serviços, modelos empresariais e mecanismos de entrega inovadores sem incorrer imediatamente em todas as normais consequências regulamentares relacionadas com a atividade em questão.

Pedro Siza Vieira reforçou que consistem em “espaços geograficamente delimitados onde empresas, investigadores podem experimentar e testar em condições reais produtos, tecnologias que ainda estão em fase de experimentação”. O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital afirmou também que “ao aprovarmos o regime das ZLT estamos a oferecer no nosso País a possibilidade de melhor se apostar na inovação”.

As entidades que pretendem testar novas tecnologias que necessitam de regimes regulatórios especiais já podem submeter uma Manifestação de Interesse para a criação de uma ZLT através do site da ANI – Agência Nacional de Inovação,

O Centro Hospitalar do Hospital de S. João, o Centro de Experimentação Operacional da Marinha e o CEiiA já submeteram Manifestação de Interesse para criação de uma ZLT.

Para Joana Mendonça, presidente da Agência Nacional de Inovação, “testar e experimentar novas tecnologias em ambiente real é crítico para tornar o país mais inovador e acelerar a entrada de tecnologias e soluções inovadoras nos mercados, podendo ainda ser atrativo ao investimento estrangeiro por reforçar o posicionamento de Portugal como um hub de inovação.  As Zonas Livres Tecnológicas permitirão diminuir as barreiras para a adoção de tecnologia, numa abordagem adaptativa e antecipatória, definindo as condições regulamentares adequadas, envolvendo os utilizadores de forma mais antecipada no processo de adoção”.

Paralelamente, foram igualmente lançados os Polos de Inovação Digital (DIH), que segundo o ministro Pedro Siza Vieira consistem na forma como União Europeia “procurou ajudar a disseminar o acesso às tecnologias digitais, o aconselhamento de pequenas e médias empresas dispersas pelo território da União, sobre a utilização, na experimentação de tecnologias digitais, antes de fazerem investimentos relevantes e melhor poderem beneficiar de uma rede de contatos que ajudem à sua capacitação própria”.

Pedro Siza Vieira revelou ainda que o Governo lançou um concurso e que aprovou “a constituição de 17 Digital Inovations Hubs, que abrangem praticamente todos os setores relevantes para a nossa atividade económica no sentido de melhor servir as redes territoriais e as redes de empresas do nosso País. É uma ferramenta poderosa, que contará com financiamento do PRR e que nos permite alargar a forma de ter à disposição das nossas pequenas e médias empresas estes mecanismos disponíveis», explicou.

No evento, Pedro Siza Vieira, relembrou que há dois anos, o Governo definiu a transição digital como um dos “desafios estratégicos do País”, bem como a aposta na “maior capacitação das pessoas, no sentido de se utilizarem todas as oportunidades que são determinadas pelas tecnologias digitais”

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