Os 5 destinos europeus (fora de Portugal) para sediar a sua start-up
Conheça cinco destinos europeus para sediar uma start-up e que, entre outras coisas, se distinguem pela facilidade em encontrar investimento, pela comunidade e pelos baixos impostos aplicadas às empresas.
Apesar do auge que viu o hub de start-ups português florescer e tornar-se num dos melhores países para criar e desenvolver uma start-up, não deixam de haver outras zonas na Europa igualmente apetecíveis para sediar o seu negócio.
Enquanto os argumentos a favor de Portugal passam pelo baixo custo de vida, pela facilidade monetária com que se aluga uma loja física, pelo baixo custo de manutenção dos funcionários e pelo facto do trabalho informático em formato outsourcing ser substancialmente mais baixo, alguns especialistas internacionais destacam também outros locais com pontos a favor para montar uma start-up. A lista que se segue enuncia cinco.
Reino Unido
Apesar da incerteza que paira sobre o Brexit, o Reino Unido não deixa de ser um dos locais mais apetecíveis para criar uma start-up.
O ponto mais forte a favor deste local liderado por Londres é o cenário de capital de risco. Atualmente, o Reino Unido lidera a tabela europeia de venture capital. Só em 2017 foram investidos mais de cinco mil milhões de euros.
Para além disto, há relatórios que indicam que é o ecossistema com o crescimento mais elevado da Europa. Segundo um estudo da Paymantsense, o cenário de start-ups britânicas cresceu 5.9% nos últimos cinco anos.
No que diz respeito aos impostos, as taxas corporativas no Reino Unido são de 19% e, até 2020, o governo britânico espera reduzi-las até aos 17%.
Refira-se ainda que, a partir da próxima primavera, o Reino Unido vai disponibilizar um novo Start-up Visa para empreendedores estrangeiros que queiram desenvolver os seus negócios no território.
Irlanda
A poucas horas de avião do Reino Unido temos a Irlanda, um dos países europeus mais corporate-friendly no que diz respeito à localização e aos impostos praticados.
A Irlanda alberga algumas das maiores empresas tecnológicas do mundo, como a Google, o Facebook e o Twitter, que estão a usufruir das taxas corporativas mais baixas da Europa. Dada a proximidade a estes gigantes, este país pode ser especialmente interessante se estiver a desenvolver uma start-up que tenha como objetivo ser adquirida por outra grande empresa.
No que diz respeito à atividade dos investidores, apesar desta não ser tão grande quanto a do Reino Unido, a Irlanda tem crescido a olhos vistos. Em apenas dois anos, entre 2014 e 2016, os investimentos duplicaram e atingiram os 888 milhões de euros.
Os impostos corporativos aplicados pela Irlanda fixam-se nos 12.5%.
Alemanha
A Alemanha é um sítio apetecível para sediar uma start-up devido à grande comunidade de outras empresas deste género que estão presentes no país – especialmente em Berlim. Grandes empresas como a Soundcloud, a Dubsmash ou a Splash começaram neste local.
Existem ainda estudos relativos aos Brexit que afirmam que Berlim se vai tornar no próximo grande hub europeu de start-ups.
Relativamente aos impostos, as empresas podem contar com taxas de 15% e os pequenos negócios que não excedam os 50 mil euros anuais de receitas não precisam de pagar IVA.
Suécia
Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, a Suécia é um dos locais europeus mais fortes na criação de unicórnios.
Empresas como o Spotify, a Majong e a Klarna saíram de um sítio com praticamente o mesmo número de habitantes que Portugal. Caso para dizer que este país é o ninho perfeito para fazer nascer um unicórnio.
A explicação para esta atividade empreendedora fora de série prende-se com o facto de o governo ter eliminado uma série de barreiras à criação de negócios na década de 90.
Os impostos aplicados às empresas fixam-se nos 22%. No entanto, até 2021, o governo sueco quer diminuir estas taxas para os 20.6% com o objetivo de continuar a fomentar a criação de empresas e a atividade empreendedora.
Finlândia
Com apenas 5.5 milhões de habitantes, a Finlândia é um dos locais com maior atividade empreendedora da Europa. Este ecossistema conta com 10% das exits mundiais de start-ups.
O país é conhecido pelas suas start-ups dedicadas ao mundo dos videojogos. A Supercell e a Rovio são exemplo de dois grandes players deste universo.
Para além disto, as pequenas empresas sediadas no país têm recebido um crescente interesse de investimento estrangeiro. Markus Suomi, antigo vice-presidente da Nokia e atual CEO da Finpro, chegou a referir numa entrevista que as “start-ups finlandesas costumam ser compradas antes de se alistarem”.
Os impostos aplicados às empresas sediadas na Finlândia fixam-se nos 20%.
Conheça ainda outros países com programas como o Start-Up Visa.








