Os países onde as mulheres trabalhadoras têm mais direitos

“O mundo nunca vai realizar 100% dos seus objetivos se 50% das pessoas não estiver no seu potencial máximo. Quando libertarmos todo o poder das mulheres podemos assegurar o futuro de todos” – Ban Ki Moon.

Quais são os países que melhor tratam as suas trabalhadoras? Tendo em consideração que hoje se celebra o Dia Internacional da Mulher, a pergunta não podia ser mais pertinente. Um estudo da PwC, que se antecipou à data que celebra a luta feminina por melhores condições de vida e trabalho, adianta quais são as zonas do globo onde as trabalhadoras têm tantos direitos quanto os homens.

O relatório, que utiliza informação de 2017, avalia o poder económico das mulheres através da igualdade de rendimentos, a acessibilidade a oportunidades de emprego e segurança no trabalho. Dos 33 países da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Económico (OCDE) em análise, foi a Islândia que ficou mais bem classificada (com uma pontuação de 79,1). O top três foi ainda ocupado pela Suécia (76,1) e pela Nova Zelândia (73,6).

Portugal ficou no 16.º lugar, à frente de países como a Alemanha, Espanha, Irlanda, França e Estados Unidos. Surpreendentemente – ou não –, cinco dos dez países mais bem classificados são oriundos do Norte da Europa.

Ranking dos países da OCDE onde as mulheres trabalhadoras têm mais direitos (fonte: PwC).

Ranking dos países da OCDE onde as mulheres trabalhadoras têm mais direitos (fonte: PwC).

Apesar de estar mais bem posicionado que grandes economias, Portugal foi um dos países que caiu mais na tabela nos últimos anos. Desde 2000, ano em que ocupou a 5.ª posição, caiu 11 lugares na tabela. Outras menções honrosas nesta categoria são: França, que passou do 12.º lugar em 2000 para o 22.º;  Áustria, que estava em 13.º lugar e desceu para o 25.º; e os Estados Unidos, que chegaram a ocupar o “top 10” em 2000, com o 9.º lugar, mas que o estudo da PwC empurrou para 23.º, em 2017.

Por outro lado, houve países que subiram abruptamente na tabela. Foram os casos do Luxemburgo (de 23.º para 6.º), da Polónia (de 19.º para 8.º), da Bélgica (de 20.º para 10.º) e da Irlanda (de 25.º para 17.º).

O relatório da PwC indica que, caso os países conseguissem melhorar as condições de trabalho das mulheres, surgiriam mudanças substanciais na economia mundial. Exemplo dos Estados Unidos: se conseguissem igualar a pontuação sueca, a auditora prevê um impacto positivo de 1,6 biliões de euros na economia norte-americana. Se esta iniciativa fosse adotada por todos os países da OCDE, haveria uma melhoria global de aproximadamente 5,35 biliões de euros.

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