Metaverso é um mundo de oportunidades para mercado segurador, diz o Insurance Metaverse

O relatório Insurance Metaverse: novas realidades, novas oportunidades, indica que o metaverso proporcionará novas oportunidades de negócio no setor dos seguros.

A Minsait, em parceria com a ICEA (Investigación Cooperativa entre Entidades Aseguradoras y Fondos de Pensiones), apresentou o estudo “Insurance Metaverse: novas realidades, novas oportunidades”, no qual aborda os desafios colocados às seguradoras aquando da sua entrada no ambiente digital, as ferramentas que facilitarão a sua rentabilidade, bem como os possíveis desafios envolvidos no crescimento no metaverso e na garantia da sua convergência com o mundo real.

Com a participação de 64 entidades, representando uma quota de mercado de cerca de 70% do volume de prémios no setor dos seguros (que em 2021 ascendeu a 61,831 milhões de euros, de acordo com as próprias estimativas da ICEA), o relatório apela à reflexão empresarial por parte das companhias de seguros, de forma a conseguirem uma boa adaptação ao novo ambiente tecnológico.

“Aspetos como a propriedade privada dentro do metaverso, a transferência de valor para o plano digital sob a forma de criptoativos e NFTs, a nova responsabilidade civil ou os modelos de relação com o cliente, proporcionarão uma adaptação da oferta e da própria gestão do negócio que as companhias de seguros terão de começar a abordar”, explicou Andrés Duque, diretor dos Serviços Financeiros da Minsait.

Este profissional salienta que “as companhias de seguros já compreendem o impacto que os avanços na realidade aumentada (VR/AR) terão como forma otimizada de se relacionarem com este ambiente, o 5G/6G como potenciador de ligações e relações em tempo real, e as tecnologias como a Inteligência Artificial, cujo impacto será notável a todos os níveis”.  A par disso, “outras evoluções digitais como a Blockchain têm grande potencial para permitir modelos seguros e fiáveis de transferência de valor ou economias digitais descentralizadas em mundos virtuais”, salienta.

Um mundo oportunidades
Uma das conclusões do relatório diz que três em cada cinco empresas ainda não realizaram qualquer planeamento relacionado com ambientes virtuais e apenas uma empresa da amostra analisada passou a esta fase.

Questões como a falta de conhecimento dos novos modelos de negócio a implementar, a falta de prioridade que estas iniciativas têm entre as equipas de gestão, a imaturidade das empresas em matéria de tecnologia e segurança ou a ausência de pessoal com conhecimento especializado são algumas das causas. “É importante encontrar parceiros e estabelecer alianças para o futuro que ajudem a definir uma estratégia alinhada com as necessidades do negócio”, afirmou Andrés Duque.

A aposta em novos perfis profissionais com conhecimentos técnicos e orientados para este campo, ou a implementação de estratégias de negócio que possibilitem uma ação mais estratégica, serão aspetos chave a desenvolver a médio prazo. Pelo menos se as seguradoras quiserem encontrar um canal diferente, não apenas publicitário, mas também de negócio.

A curto prazo “é visto como um ambiente com potencial para um melhor posicionamento da marca e para realizar ações publicitárias mais inovadoras e apelativas”, admite Andrés Duque. No entanto, “a médio e longo prazo, estes objetivos serão alargados a mais áreas, tornando-se um canal de vendas que faz parte da estratégia interna e permite atingir mais públicos”.

Questões como a responsabilidade civil, a evolução das regulamentações para assegurar a privacidade e a segurança da informação, e a utilização da própria legislação não só identificam riscos alternativos, mas são em si mesmas grandes oportunidades para o setor dos seguros. Por exemplo, hoje em dia, os produtos de seguros envolvidos nestes universos são os novos produtos digitais e seguros para a casa, embora esta oferta aumente à medida que outras utilizações e investimentos no mundo virtual se tornam mais generalizados.

“Poder aceder a novos segmentos de clientes, à sua fidelização e atrair talentos inovadores são apenas alguns dos benefícios mais imediatos. A médio/longo prazo, irá gerar diretamente linhas de negócio alternativas”, prevê Andrés Duque.

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