Mãe aos 60 anos? Empresa de biotecnologia diz que pode atrasar a menopausa em 15 anos

Empresa norte-americana Celmatix prevê realizar ensaios clínicos com o medicamento que desenvolveu já no próximo ano em mulheres que estão a passar por quimioterapia, uma das causas mais comuns da menopausa prematura.
A start-up de biotecnologia norte-americana Celmatix diz ter a solução para atrasar a menopausa em 15 anos. A empresa está a criar um programa de medicamentos que retardam o esgotamento da reserva ovariana da mulher ou o número de folículos que perde por mês.
Segundo a empresa, a biotecnologia está a ajudar a abrir e a definir uma nova categoria para expandir a saúde dos ovários. A tecnologia será capaz de auxiliar em problemas de fertilidade como o combate à endometriose e aos ovários poliquísticos (ou policisticos).
A Celmatix explica que cada mulher nasce com uma percentagem diferente no que à reserva de ovários diz respeito, que depende de múltiplos fatores. Entre eles estão a genética, a exposição ambiental e o estilo de vida. Por exemplo, as mulheres que fumam esgotam a sua reserva ovárica mais rapidamente.
De acordo com Piraye Beim, CEO da Celmatiz, a reserva de ovários funciona como uma conta bancária. “Você pode realmente abrandar e criar um processo mais eficiente através do qual, se usar menos por mês, a sua conta dura mais”, diz.
A CEO afirma ainda que esse processo pode mudar a ideia real da menopausa de 50 para 60 anos ou 70 anos. A empresa prevê realizar ensaios clínicos em 2023, testando o seu medicamento em mulheres que estão a passar por quimioterapia, uma das causas mais comuns da menopausa prematura.
Além desta iniciativa, a empresa, sediada em Nova Iorque, desenvolveu um software de previsão de fertilidade para ajudar as mulheres norte-americana que lutam para ter um filho. A empresa utiliza a Medicina Genómica e a análise de Big Data para melhorar os tratamentos de fertilidade.