Liderar em 2030 exigirá competências humanas, digitais e globais

Os líderes do futuro vão destacar-se pela capacidade de inovar, de empreender e de se adaptarem a diferentes culturas, conclui estudo da Aliança Global CEMS.

O mais recente estudo da Aliança Global CEMS – que junta 33 das melhores Universidades e Escolas de Gestão do mundo e da qual a Nova SBE é membro e único representante de Portugal – aponta para uma transformação profunda no perfil dos líderes empresariais do futuro. O CEMS reuniu insights de 20 dos seus parceiros multinacionais – algumas das principais empresas do mundo – sobre que competências os jovens profissionais precisarão para se tornarem líderes empresariais de sucesso em 2030 e além.

Os entrevistados revelam que, embora a expertise técnica e os conhecimentos de negócios ainda sejam importantes, os líderes do futuro precisarão de mais do que isso para ter sucesso. O sucesso será definido pelas capacidades de inovação, de empreendedorismo, de adaptação cultural e uma abordagem centrada nas pessoas para tomar decisões que tenham impacto.

Os empregadores destacaram cinco competências principais que irão diferenciar os líderes bem-sucedidos em 2030 e além:

1. Rigor analítico com criatividade  – capacidade de analisar dados complexos e transformá-los em decisões inovadoras de forma a distinguir-se da automatização e da IA.

2. Pensamento empreendedor – líderes que desafiem os modelos tradicionais, impulsionem a inovação e atuem com propósito.

3. Inteligência cultural – num mundo interconectado, os líderes devem ser capazes de navegar pelas diferenças culturais e construir relacionamentos além-fronteiras. Experiências práticas de trabalho com equipas internacionais serão essenciais para desenvolver as habilidades de relacionamento necessárias para a colaboração global.

4. Especialização com visão de gestão – uma compreensão geral dos princípios de gestão já não é suficiente – os líderes  devem trazer também conhecimento técnico profundo da área.

5. Fluência digital – embora os líderes não precisem de ser especialistas digitais ou programadores, é essencial que tenham um forte domínio das tendências digitais e da análise de dados. A capacidade de avaliar criticamente os dados e traduzir insights entre equipas técnicas e unidades de negócios será fundamental para impulsionar decisões informadas.

O estudo revela ainda a crescente importância  das competências humanas e sociais na liderança e destaca a preferência por características como resiliência e adaptabilidade (para liderar em tempos de incerteza), humildade, autenticidade  e inteligência emocional (essenciais para inspirar equipas e promover culturas verdadeiras), liderança orientada por valores (com ênfase na ética e responsabilidade social) e bem-estar e sustentabilidade (valorização e promoção do bem-estar físico e emocional da equipa e seu próprio).

O mercado de trabalho global exige cada vez mais profissionais que saibam conjugar excelência técnica com competências humanas, digitais e interculturais. Este estudo reforça a importância de preparar os nossos alunos não só para liderar empresas, mas também para gerar impacto positivo na sociedade”refere Catherine da Silveira, Associate Dean da Nova SBE e Diretora Académica do CEMS, citada em comunicado.

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