Investimento em tecnologia é essencial para crescimento da indústria da banca, diz estudo

Para prosperar numa economia digital, os bancos terão de transformar as suas estruturas, reestruturar a sua arquitetura e promover uma mentalidade de inovação. Esta é uma das conclusões do relatório “Digital Banking in a New World”, da Xpand IT.
Os bancos podem agora adaptar os seus modelos de negócio, tornando-se mais ágeis e resilientes. A tecnologia é essencial neste processo e torna-se numa componente chave para melhorar a experiência do cliente, conclui o relatório produzido pela unidade de Digital Xperience da Xpand IT, que revela que a banca digital é o novo normal.
Sérgio Viana, Partner & Digital Xperience Lead da Xpand IT, afirma que “a pandemia acelerou a transição digital e o setor da banca foi um dos mais impactados. E embora a maioria dos bancos tenha conseguido fazer esta transição, nem todos terão sucesso na economia digital. Este relatório procura indicar os principais desafios e tendências do setor, de forma a também delinear caminhos para que os bancos consigam atingir esse sucesso neste novo contexto em que a tecnologia assume uma importância primordial”.
Segundo o relatório, os bancos devem apostar em várias tecnologias, como a cloud, Inteligência Artificial (IA), automação robótica de processos (RPA), machine learning, blockchain, entre outras para criar uma experiência omnicanal com sucesso. No caso da automação, é possível aumentar a eficiência das equipas ao automatizar muitas tarefas repetitivas, por exemplo.
A Xpand IT revela que a indústria da banca está a passar por muitas mudanças relevantes também devido à pandemia que acelerou a transição para o digital. “Esta mudança demonstrou a capacidade de agilidade da indústria num período de tempo muito curto, contrariando a perceção de que tal não seria possível. Além disso, as pessoas estão a priorizar os canais digitais em detrimento de outros por não terem outra opção, mas acredita-se que este comportamento irá manter-se, mesmo após a pandemia”, afirma a empresa em comunicado.
O relatório da tecnológica portuguesa avança ainda que o futuro da banca apresenta vários desafios. Um deles é a cibersegurança, pelo que, sugere,” é fundamental que os bancos continuem a trabalhar na comunicação de boas práticas de uso de canais digitais da banca. É importante considerar também a digitalização, com a transição para a cloud a assumir um papel crucial neste processo”.
Quanto a tendências para o futuro, o relatório defende que a diferenciação é um elemento-chave. Neste sentido, sugere, os bancos devem procurar oferecer experiências hiperpersonalizadas, de forma a estabelecer uma conexão adequada com os consumidores – e aqui é essencial recorrer aos dados que os bancos recolhem junto dos seus clientes. A indústria da banca não pode estar alheia à sustentabilidade, devendo considerar o lançamento de novos serviços e produtos com foco na pegada de carbono zero.
O relatório aponta também que a colaboração é fundamental para o futuro da banca, o que poderá passar por parcerias onde os ecossistemas financeiros são a norma, e que uma das lições importantes a retirar com a pandemia é de que a mudança para o digital não aconteceu apenas para as gerações mais jovens, pelo que os bancos não devem focar as suas estratégias de engagement em gerações específicas.