Google vai supervisionar Amazónia com recurso a inteligência artificial

Recorrendo a inteligência artificial, o Google ajuda a monitorizar a Amazónia. Controlar o desmatamento, identificar incêndios florestais e inundações são alguns dos focos das ferramentas usadas.
A Google anunciou publicamente algumas iniciativas envolvendo inteligência artificial (IA) para ajudar na preservação da floresta amazónica, no Brasil. A IA será usada, por exemplo, na monitorização de focos de incêndios ou inundações, bem como ainda para rastrear a origem da madeira. Foram estabelecidos acordos com várias entidades públicas e não governamentais para pôr em prática ferramentas Google – como o Google Maps ou Google Earth – que permitirão fazer alertas em tempo real e combater ao desmatamento da floresta.
O Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE), entidade brasileira que recorre a imagens de satélite para medir o desflorestamento, é uma das contempladas neste acordo. Com as potencialidades das ferramentas Google e as capacidades de processamento de dados na cloud, o INPE, bem como as restantes entidades, poderá identificar focos de incêndio na sua fase mais inicial.
O Centro de Referência de Informação Ambiental (CRIA) é outra das organizações envolvida nestes acordos. Com um banco de dados com milhões de registos, quer de espécies quer de imagens da floresta amazónica, o CRIA passa a disponibilizar o acesso essa informação, via cloud, aos investigadores. Através de modelos de inteligência artificial vão também testar a utilização de computação visual para classificar espécies de plantas.
Com recurso a inteligência artificial, também o Instituto do Homem e do Ambiente da Amazónia (Imazon) terá capacidade para analisar as imagens que capta via satélite e com elas detetar a construção de estradas no meio da floresta.
A The Nature Conservancy (TNC), com a criação do projeto “Digitais da Floresta”, é outro dos parceiros Google. Neste caso, o objetivo é desenvolver tecnologias baseadas em IA e bioquímica para identificar e rastrear a origem da madeira comercializada a partir da Amazónia. Pretende ainda lançar uma plataforma de inteligência que permita que quer as autoridades quer o consumidor possam identificar se um produto é feito com madeira de origem autorizada ou ilegal. Este projeto será desenvolvido com parceiros como a Universidade de São Paulo (USP, entre outros.
A par disso, o Google disponibilizará especialistas em machine learning, geolocalização, UX Design e gestão de projetos para colaborarem com a TNC no desenvolvimento de tecnologias e modelos de inteligência artificial para a referida plataforma.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), são outros dos parceiros Google nesta campanha de monitorização da Amazónia.