Google 2.0 para os gestores de recursos humanos

A Belong, uma start-up indiana, criou uma plataforma de auxílio aos gestores de recursos humanos que usa inteligência artificial para facilitar o processo de recrutamento.

Com três anos de atividade, a Belong faz parte de um novo grupo de empresas que usa a tecnologia para simplificar o processo de recrutamento, que vai desde a marcação de entrevistas até à organização de currículos.

Mas o âmbito de atuação da start-up indiana vai mais longe. Além de executar as tarefas descritas com o auxílio da tecnologia, a Belong utiliza inteligência artificial para procurar informação pública sobre todos os candidatos a uma empresa. Isto incluí a pesquisa de dados em perfis de redes sociais como o LinkedIn, Facebook ou o Twitter.

Depois de recolher informação sobre os candidatos, a plataforma escolhe os que mais se adequam ao cargo, de acordo com o perfil pretendido pelas empresas que utilizam os seus serviços. Funcionam quase como as pesquisas da Google, em que as páginas com todas as palavras-chave incluídas são as que aparecem no topo dos resultados.

O sistema da start-up indiana examina todos os perfis dos candidatos de forma igual, de maneira a encontrar os que mais se adequam aos requisitos da empresa. Quando as empresas se estão a expandir para uma localidade ainda pouco explorada, a Belong trabalha com os empregadores, apresentando-lhes vários perfis de possíveis candidatos locais, de forma a tentar satisfazer as suas necessidades.

Quando as empresas rejeitam candidatos apresentados pela plataforma, o algoritmo de machine learning melhora as suas escolhas de forma a conseguir apresentar resultados mais adequados aos seus clientes.

A Belong destaca-se por utilizar a inteligência artificial na sua plataforma, mas também por já ter conseguido vender os seus serviços a um rol de clientes bastante conhecidos, entre os quais gigantes do e-commerce, como a Amazon e a Flipkart, e empresas de mobilidade, como a Uber e a Ola.

Apesar da plataforma fazer parte do trabalho dos departamentos de recursos humanos das empresas, poupando-lhes entre 15 e 20 horas por semana, as decisões finais de recrutar, ou não, os candidatos ficam nas mãos dos gestores de recursos humanos.

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