Estes são os melhores livros de 2021 para o The Economist

A luta dos cientistas para descobrir a fórmula da vacina contra a Covid-19, o futuro do dinheiro, quando este for apenas digital, e como a inteligência artificial irá ganhar todas as guerras. Eis uma amostra do top 11 dos melhores livros deste ano do The Economist.

Os temas não poderiam ser mais atuais: a luta dos cientistas para descobrir a fórmula da vacina contra a Covid-19; o futuro do dinheiro, quando este não tiver mais forma e for apenas digital; o modo como o  trabalho e a injustiça sempre estiveram ligados; e como a inteligência artificial irá ganhar todas as guerras.

Confira a lista apresentada pela publicação inglesa The Economist nas áreas da Economia, Negócios, Ciência e Tecnologia.

1. The World for Sale, de Javier Blas and Jack Farchy (Random House Business)
O livro conta a história do retalho nos Estados Unidos, mostrando como algumas pequenas empresas que negociavam mercadorias reinventaram a economia mundial, ganhando fortunas, lidando com embargos e “fitando” as questões geopolíticas. Marc Rich (que passou duas décadas como um fugitivo da justiça américa) é uma destas pessoas.

2. Career and Family, de Claudia Goldin (Princeton University Press)
Uma economista documenta as experiências de vida típicas de cinco gerações de mulheres americanas que chegaram ao curso superior, mas abandonaram a carreira para cuidar da família. A autora argumenta que a diferença de salários existente é hoje resultado de uma decisão racional dos casais do passado: eles teriam decidido que a pessoa com o maior salário deveria continuar a trabalhar, enquanto a outra (quase sempre a mulheres) ficaria em casa.

3. The Future of Money, de Eswar Prasad (Belknap Press)
A digitalização das finanças tem fortes implicações – quando o dinheiro perde a sua forma física, fica ainda difícil perceber o seu significado. Esse livro cheio de nuances estuda o efeito dessa transformação e tenta responder a uma das perguntas mais relevantes do nosso tempo: o dinheiro vai sobreviver? E em que forma?

4. The Power of Creative Destruction, de Philippe Aghion, Céline Antonin e Simon Bunel (Belknap Press)
O austríaco Joseph Alois Schumpeter foi um dos primeiros economistas a defender que as inovações seriam o motor do desenvolvimento capitalista, ainda nos anos 50. Nesta obra, os três autores defendem a ideia de que é necessário dar um propósito à inovação para debater algumas das questões mais relevantes da economia atual, como as raízes da desigualdade económica e da globalização, os fatores que trazem riqueza e felicidade, as revoluções tecnológicas e até mesmo as mudanças climáticas.

5. The Story of Work, de Jan Lucassen (Yale University Press)
Começando nos tempos pré-históricos, quando o homem ainda vivia da caça, este livro mostra como muitas características das atividades humanas permanecem as mesmas. Ao falar do surgimento das cidades, dos salários e dos mercados de trabalho, o livro traça um ciclo perene de injustiça e resistência.

6. The Key Man, de Simon Clark e Will Louch (Harper Business)
Como líder do Abraaj Group, uma empresa de private equity que defendia o lucro com propósito, Arif Naqvi passou a ser valorizado pelos investidores, até que se tornou num fracasso e mudou o rumo da sua vida. Trata-se de uma história cativante sobre o autor de uma das maiores fraudes empresariais da história.

7. A Shot to Save the World, de Gregory Zuckerman (Penguin Business)
Uma jornalista do Wall Street Journal conta a história da grande corrida pela vacina contra a Covid-19 em 2020. Um drama científico, que combina fracasso, determinação e triunfo.

8. I, Warbot, de Kenneth Payne (Oxford University Press)
Uma reflexão provocante sobre como a inteligência artificial vai transformar os conflitos mundiais. Virtudes do passado, como coragem e liderança, serão insignificantes – as guerras serão ganhas por questões técnicas, bem como por quem tiver os melhores algoritmos.

9. Being You, de Anil Seth (Dutton Books)
Entender o que é a consciência humana é uma das questões mais complexas da humanidade, disse o filósofo David Chalmers. No livro, um neurocientista leva os leitores até os limites do que se sabe, como os cientistas sabem e, o mais importante, como esse conhecimento pode ser usado pela medicina e pela psicologia.

10. The Genetic Lottery, de Kathryn Paige Harden (Princeton University Press)
Os genes importam, diz este estudo, que mostra como a genética influencia as probabilidades que uma pessoa tem na vida. O problema é que ninguém escolhe os seus genes, assim como não escolhemos quem são os nossos pais. Por isso, o livro defende que o Estado deveria cuidar mais para que não houvesse uma desigualdade genética – uma tese para lá de polémica.

11. Water: A Biography, de Giulio Boccaletti (Pantheon)
Há 10 mil anos, o ser humano ia aonde houvesse água, pois as chuvas permitiam o cultivo e a criação do gado. Com a agricultura e os sistemas de irrigação, tudo mudou, e foi preciso gerir os recursos hídricos. O relacionamento económico e político da humanidade com a água está na base da civilização, diz o autor.

Comentários

Artigos Relacionados