Especial Formação Executiva: cada vez mais uma opção para aprender a criar valor

A velocidade a que o mundo empresarial evolui e se transforma não deixa margem para dúvidas: quem quiser estar um passo à frente da concorrência, manter-se atualizado, sobretudo no que respeita a novas tecnologias e métodos de gestão, tem necessariamente de reforçar as suas competências. É aqui que a Formação Executiva pode fazer a diferença. Saiba como.
Nunca o conceito “lifelong learning” esteve tão presente no dia a dia do mundo dos negócios como hoje. Para isso têm contribuído os novos desafios com que os executivos – sejam profissionais experientes ou jovens empreendedores que começam a dar os primeiros passos no mundo dos negócios -, se deparam hoje em dia. Já não basta ter uma licenciatura, ou uma formação especializada num setor de atividade, porque a velocidade a que as transformações acontecem nas empresas pedem qualificações mais aprofundadas e atualizadas. O nível de competitividade atual exige mais dos líderes (sobretudo daqueles que ambicionam uma carreira bem-sucedida), cada vez mais empenhados em reforçar as suas competências – soft e hard skills –para poderem fazer a diferença nas suas empresas e no setor de atividade em que trabalham.
Para dar resposta às necessidades do mundo empresarial atual, as business school nacionais apresentam-se, assim, como uma oportunidade para quem quer voltar à “escola” para adquirir novas competências e ferramentas para estar atualizado, progredir na carreira, com as expectáveis melhorias salariais, e levar a sua empresa ao sucesso.
E os formatos de formação à disposição dos executivos nas escolas de negócios nacionais são diversificados, transversais a vários setores de atividade e, na grande maioria dos casos, em horários pós-laborais e cada vez mais em modelos híbridos (aulas presenciais e online). Todos com o propósito comum de procurar juntar o melhor de dois mundos, o académico e o empresarial, para formar líderes.
Algumas das opções podem passar por um MBA (Master in Business Administration), por uma Pós-Graduação, por um programa aberto (Executive Education Open) ou ainda por programa customizado (Executive Education Custom), ou seja, feito à medida das necessidades específicas de uma empresa e das suas equipas.
O investimento, mais elevado nuns casos do que noutros, é relevante e pode ir, por exemplo, da ordem dos dois mil aos milhares de euros, dependendo do tipo de programa, da área de estudo em causa e do prestígio, nacional e internacional, da própria business school. E até do fator acreditação de instituições internacionais como a AMBA/BGA, a EQUIS, e AACSB (que fazem o pleno da “Triple Crown” tão ambicionada pelas escolas de negócios a nível mundial), que acaba por validar a qualidade, pedagógica e não só, das escolas. Portugal têm algumas com esta certificação.
Um Business Leaders Survey da AMBA, realizado em associação com o Parthenon-EY Center junto de um total de 173 líderes de business school, de 43 países, destacou que a necessidade de ser inovador e criativo na oferta de um MBA, por exemplo, foi o maior desafio citado pelas business school em todo o mundo. As entrevistas efetuadas sugerem que isso estava relacionado com a necessidade de adaptação a uma cultura em mudança entre os alunos, assim como com a necessidade de adotar e atualizar a tecnologia digital de apoio que é usada para ministrar os cursos.
Inovar para conquistar
Capacitar os profissionais para os desafios atuais de gestão, dotando-os das ferramentas que o competitivo mundo empresarial hoje exige, tem sido a aposta das escolas de negócios nacionais que, nos últimos anos, têm reforçado a sua oferta formativa com propostas constantes de novas e diversificadas temáticas mais adaptadas às necessidades dos tempos modernos. Por isso, não é de estranhar que hoje façam parte do portefólio das business school temas como liderança, gestão da mudança, corporate governance, planeamento estratégico, coaching executivo, empreendedorismo, marketing digital, blockchain, sustentabilidade corporativa, gestão financeira, ESG para gestores ou IA para RH…só para citar algumas das muitas áreas do conhecimento em que as business school têm vindo a apostar, numa procura constante de ir ao encontro dos temas de interesse em que os profissionais procuram reforçar a sua aprendizagem, na medida em que a transformação digital está mudar os modelos de negócio e os processos de tomada de decisão.
Mas a inovação que as escolas de negócios têm abraçado reflete-se também nos próprios modelos de formação a que os avanços tecnológicos e a digitalização têm dado uma ajuda. Impulsionados pela pandemia de Covid 19, mas não só, os programas online (100% em alguns casos, híbridos noutros), estão aí para provar a modernização do setor da formação executiva, assim como a determinação, e o investimento, das escolas para corresponderem aos que os seus alunos procuram. Ou seja, programas de lhes permitam equilibrar a esfera profissional, pessoal e académica, com formatos part-time e pós-laboral, e com um ensino inovador que combine teoria e prática, ou não fossem os alunos, na sua grande maioria, profissionais no ativo, com carreiras absorventes e com uma gestão de tempo rigorosa, mas que ainda assim continuam a dar prioridade à sua educação para se manterem relevantes. Como muitos especialistas fazem questão de lembrar, a aliança entre a academia e o mercado laboral cada vez mais uma prioridade.
Um relatório lançado pela consultora CarringtonCrisp, no ano passado, sobre “O futuro da educação executiva e ao longo da vida”, e que envolveu opiniões de cerca de 10 mil alunos e 1.100 empregadores, em mais de 30 países, destacava a importância da tecnologia na educação executiva. E embora o online ainda seja fundamental para a aprendizagem futura, o relatório sugere que este é o início da Era da IA. Empregadores e profissionais esperam que a IA desempenhe um papel importante na aprendizagem futura, mas ainda há dúvidas sobre sua criatividade, conclui a referida investigação.
Quem faz Formação Executiva, MBA, P&G…
A crescente abordagem de “lifelong learning” que os profissionais têm revelado, seja fruto da crescente competitividade empresarial ou dos avanços tecnológicos que obrigam a constantes atualizações de conhecimemtos, tem sido, como já referido, um terreno fértil para o desenvolvimento de business schools, e para a oferta, cada vez mais diversificada, de programas de formação executiva, de MBA ou P&G. E em Portugal, já são várias as instituições, muitas delas com destaque nos rankings internacionais, onde líderes, executivos, ou empreendedores podem reforçar conhecimentos.
Listamos algumas universidades e business schools, de forma meramente indicativa (e organizada por ordem alfabética), que oferecem diferentes programas de formação pensados para quem quer continuar a valorizar-se, profissional e pessoalmente, e levar mais-valias para as empresas que fundaram ou que lideram.
- AESE Business School
- Católica Lisbon School of Business & Economics
- Católica Porto Business School
- Coimbra Business School (ISCAC)
- ISAG – European Business School
- ISCTE Executive Education
- ISEG Lisbon School of Economics and Management
- ISG – Business & Economics School
- Nova School of Business and Economics
- Porto Business School
- Portucalense Business School
- The Lisbon MBA Católica-Nova
- Universidade Europeia
Business Schools nacionais entre as melhores do mundo
Para quem tem dúvidas acerca da qualidade da formação executiva feita em Portugal, os rankings que periodicamente o Financial Times (FT) publica (tal como outras instituições), não deixam margem para dúvidas quanto à projeção que a oferta portuguesa tem conquistado na cena internacional. A verdade é que, nos últimos anos, a presença portuguesa tem sido recorrente neste prestigiado ranking internacional, com, em média, cerca de cinco escolas portuguesas listadas, e com uma performance ascendente, ano após ano, em termos das posições ocupadas.
Os rankings do FT são vários e incidem quer sobre o desempenho das escolas, quer sobre as formações que lecionam. Qualquer um deles certifica a qualidade do ensino que se faz por cá. Veja-se o caso dos rankings mais recentes, o Online MBA 2025, que identificou a University of Porto – FEP | PBS, na 8.ª posição, numa lista de 15 business schools. Foi aliás, a única presença nacional neste ranking do Financial Times.
Por sua vez, o ranking MBA 2025, divulgado em fevereiro deste ano, coloca a oferta da The Lisbon MBA Católica|Nova na 77.ª posição, numa listagem de 100 escolas.É também a única escola portuguesa presente.
Já na lista dos Executive Education Open, ou Programas Abertos, (lançado em maio do ano passado) colocava cinco escolas de negócio portuguesas entre as 80 listadas. O mesmo aconteceu com os Executive Education Custom, ou Programas Customizados (ou seja, feitos à medida), igualmente com o mesmo número de presenças nacionais, mas neste caso numa listagem total de 90 business schools.

Fonte: Financial Times, 2024
Também o último European Business School Rankings (publicado em dezembro de 2024) dava conta do bom desempenho nacional, com as presenças, num total de 100 escolas de negócios, da Nova School of Business and Economics (18.º lugar), da Católica Lisbon School of Business and Economics (22.º lugar), da University of Porto – FEP | PBS (39.º lugar), do Iscte Business School (43.º lugar), ISEG – Lisbon School of Economics and Management (70.º lugar), e a Católica Porto Business School (94.º lugar).
“A ligação ao mundo empresarial é uma componente essencial dos nossos programas”

Maria José Amich, diretora executiva do The Lisbon MBA Católica|Nova
“A formação contínuo é o novo normal”
Iscte Executive Education lança P&G online em Contabilidade e Análise Financeira
O Iscte Executive Education reforçou recentemente a sua oferta formativa com uma nova pós-graduação online na área da Contabilidade e da Análise Financeira para a Gestão. Com início previsto para maio, a mais recente aposta desta business school realiza-se durante seis meses em regime online, a que se juntará um fim de semana imersivo dedicado à prática e partilha de experiências.
Com uma abordagem abrangente e multidisciplinar, o programa, que será coordenado por Isabel Lourenço, doutorada em Gestão, com especialização em Contabilidade, abrange, além da contabilidade e análise financeira, gestão fiscal, gestão integrada de riscos e relato de sustentabilidade.
Association of MBAS prepara conferência mundial
Este ano, de 18 a 21 de maio, cabe a Berlim, na Alemanha, receber a Conferência Global AMBA e BGA 2025 para Deans e diretores. Trata-se de um evento emblemático organizado pela entidade responsável pela acreditação de MBAs, a Associação de MBAS (AMBA), e que reúne anualmente líderes das principais business schools do mundo para partilharem conhecimento e discutir os desafios e as oportunidades que moldam a estratégia empresarial da atualidade. Durante três dias, esta conferência sobre educação empresarial promoverá o diálogo, o networking e a liderança inovadora.
A programação engloba uma grande diversidade de workshops e sessões debate que abordarão temas como Standing Out in a Crowded Market; Industry Insights; Innovative Academic Leadership; Meeting Student Expectations in the Digital Age. Este ano, a AMBA e a BGA emitirão Certificados de Participação através da plataforma Proof of Knowledge (POK).
PBS apresenta programa executivo dedicado à Inteligência Artificial
Com o tema “Leading Business Transformation in AI Era“, a Porto Business School (PBS) apresentou recentemente um open executive programme que tem como objetivo preparar gestores e líderes empresariais para os desafios da era digital, com destaque para a inteligência artificial (IA). Com a duração prevista de 56 horas, a formação arranca no dia 12 de maio, e vai dotar os participantes de ferramentas que lhes permitam liderar a transformação organizacional impulsionada pela IA.
Com direção de Carlos Vaz (diretor de sistemas de informação do Grupo Chamartín e da KidZania Portugal) e Gabriel Coimbra (vice-presidente e country manager da IDC em Portugal), o open executive programme combina metodologias de application learning, collaborative learning e expositive learning. A sua abordagem pedagógica promove a resolução de desafios reais.
Nova SBE obtém classificação máxima da FCT e garante 3,6 milhões de euros
A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) foi distinguida com a classificação máxima – Excelente (5/5) – pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Como resultado, assegura um financiamento programático no valor de 3,6 milhões de euros para os próximos anos.
A avaliação, conduzida por um painel internacional composto por oito especialistas não portugueses, analisou três critérios: Qualidade, mérito, relevância, nível de colaboração e internacionalização da atividade de I&D desenvolvida; Mérito científico e tecnológico da equipa de investigação; Qualidade, mérito e pertinência dos objetivos científicos, da estratégia global, do plano de atividades e da organização da unidade de I&D para os próximos cinco anos
A estratégia da Nova SBE para o período 2025-2029 irá focar-se em cinco áreas estratégicas emergentes – Políticas Públicas, Inovação e Empreendedorismo, Dados, Digital e Design, Sustentabilidade, e Saúde e Envelhecimento – prevendo a criação de novos institutos com abordagens interdisciplinares, o fortalecimento das redes internacionais de investigação e uma maior proximidade com a comunidade e com as autoridades locais, promovendo uma investigação com impacto real e sustentado.