Entidades nortenhas unem-se para criar Tech Alliance

Oito entidades da região Norte formaram uma aliança tecnológica para gerar novos produtos na área da saúde. Numa segunda fase, podem avançar para o setor industrial.
Foi celebrado na semana passada, em Guimarães, um memorando de entendimento que visa a formalização da Tech Alliance, uma rede colaborativa constituída por oito entidades ligadas à inovação, ciência e desenvolvimento tecnológico.
Na sua fase de arranque, esta rede será liderada pelo DTx – Laboratório Colaborativo em Transformação Digital, em articulação com os restantes parceiros. A iniciativa reúne oito entidades – DTx, CEiiA, 4LifeLab, Centro de Computação Gráfica, DONE Lab, Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e Centro Clínico Académico – que vão aproveitar a complementaridade das suas capacidades e, através desta aliança, concertar esforços para o desenvolvimento de novos produtos e serviços de valor acrescentado, numa primeira fase na área da saúde. A Tech Alliance será operacionalizada através de projetos conjuntos que cruzam as agendas de I&D e de inovação dos laboratórios colaborativos.
Afirmar internacionalmente a região Norte como geradora de novos produtos e serviços tecnologicamente avançados, fomentando uma indústria de nova geração e com forte impacto na sociedade, é um dos objetivos desta rede colaborativa. A rede pretende, assim, dar resposta às oportunidades associadas às alterações da sociedade e ao potencial das novas tecnologias na resolução de problemas complexos e no reforço da competitividade dando um sinal de forte compromisso com o país e com a região Norte, em particular.
A Tech Alliance, que também acontece com a Universidade do Minho como um todo, desempenha um papel direto e indireto nesta conceção, onde alguns laboratórios e indústrias estão sedeados, contando com o contributo das suas equipas.
Ricardo Machado, presidente do DTx e vice-reitor da Universidade do Minho, explicou que “esta aliança será um contributo das oito entidades para o reforço da competitividade da região Norte na conceção e industrialização de produtos e serviços tecnologicamente inovadores baseados em competências multidisciplinares comprometidas com a complexidade inerente aos desafios da emergência, ubiquidade e digitalização da sociedade atual”.
Uma opinião partilhada pelo presidente do CEiiA (Centro de Engenharia para o Desenvolvimento de Produto), José Rui Felizardo, para quem “o espírito que está na base da criação desta aliança é a agregação de competências e capacidades complementares dos membros que permite a valorização da ciência e a sua integração com a indústria, através do desenvolvimento e produção de novos produtos e serviços”.
Numa próxima fase, as alianças dessas tecnologias podem ser utilizadas para a área industrial e outros desafios que possam vir a surgir, revelaram os responsáveis da Tech Alliance.