Empresas mudam comunicação por causa da pandemia

“Covid-19: The Day After Survey” analisa o impacto da pandemia nas estratégias de marketing e comunicação das empresas. 94,4% confirmaram ter sido afetadas.

Para avaliar o impacto que a pandemia está a causar no marketing e na comunicação das empresas, o grupo YoungNetwork realizou, entre os dias 14 e 28 de abril, um estudo que designou de “Covid-19: The Day After Survey” e que envolveu um inquérito a 243 empresas de vários setores de atividade, de todas as dimensões e a operar em Portugal.

De acordo com os responsáveis desta análise, o estudo permitiu concluir que o surto de Coronavírus impactou de forma transversal as empresas, não havendo uma clara distinção entre áreas de negócio, regiões ou mercados.

Vejamos: das 94,4% de empresas que confirmam o impacto da pandemia, 34,9% afirma que está a alterar toda a estratégia de comunicação. Por outro lado, 67,1% das empresas inquiridas confirmou cortes significativos no budget que tinha definido para este ano – 16,7% com redução acima de metade do orçamento,  25,2% até um quarto do budget e a mesma percentagem verifica-se nas empresas que vão cortar até 50%.  Já 28,7% das empresas não prevê fazer reduções, enquanto 4,2%, reforçou o orçamento nesta fase. As empresas acreditam num 2021 mais positivo e 63,5% revelam a intenção de manter o orçamento de marketing.

Também no que concerne à utilização de novas tecnologias, o estudo conclui que durante a quarentena os canais digitais foram reforçados e tornaram-se a ferramenta de comunicação mais utilizada para 57,9%, seguida pela comunicação interna, 31,7%, que acabou por ser a preferida para grande parte das empresas com mais de 100 colaboradores.

Este ano, os eventos e as ações de ativação de marca continuam a fazer parte dos planos de 58% das empresas. Contudo, 42% assumem o adiamento para já, enquanto 41,2% apostam em eventos mais digitais. Quanto ao sucesso ou não do teletrabalho, 90,9% das empresas faz um balanço positivo. Ainda assim, e apesar de 32,2% dos inquiridos considerar recorrer a este modelo de trabalho depois do período de crise, 54,6% das empresas (sobretudo as com mais de 500 colaboradores) ainda não decidiram se o vão manter e 8,4% respondeu que não faz parte dos planos.

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