E se espécies animais extintas voltassem a ter vida? A Colossal Biosciences quer concretizar esse projeto.

Já imaginou a possibilidade de ver um mamute? As hipóteses de isso acontecer são nulas porque já não existem. Mas agora há uma start-up norte-americana que quer recuperar animais extintos.
Voltar a dar vida a espécies animais extintas é a grande meta da start-up norte-americana Colossal Biosciences. Com sede em Dallas, no Texas, a start-up que combina a ciência da genética com a descoberta empreendedora “que promove mudanças reais”, quer promover a “de-extinção” e trazer de volta para o planeta espécies animais, como o mamute ou dodôs (uma ave parecida com um pombo gigante), por exemplo, a partir de material genético encontrado em fósseis.
Durante anos, a paleogeneticista da Colossal Biosciences, Beth Shapiro, tentou encontrar amostras de ADN de ossos preservados de dodôs em diferentes regiões do mundo, e recentemente parece ter sido bem sucedida com um exemplar preservado num museu da Dinamarca. A Colossal afirma ter uma amostra de alta qualidade e agora está a estudar em laboratório a melhor forma de a trabalhar.
A Colossal Biosciences ainda não tem um plano definido de como vai recuperar essas espécies extintas, o que parece não ser um problema para os investidores que têm apostado na start-up e que estão interessados, citou a Bloomberg, na inovação envolvida no processo, inovação que pode levar a outras descobertas científicas durante o percurso de investigação.
Bem Lamm, cofundador da start-up, destaca as oportunidades científicas desta atividade e vê o trabalho desenvolvido pela Colossal como uma oportunidade real de ultrapassar a crise de biodiversidade que o planeta Terra vive atualmente.
Recorde-se que a The World Animal Foundationp prevê que 50% de todas as espécies animais esteja extinta até 2050. De acordo com os cientistas, anualmente, a média de espécies que estão a ser conduzidas à extinção ronda as 30 mil.
Entre os animais estudados pela Colossal Biosciences, além do dodô que foi confirmado como extinto no século 17, está também o mamute e o lobo da tasmânia, este último considerado extinto no início do século 20.
A atividade da start-up norte-americana – que ao contrário das que afirmam querer mudar o mundo, quer sim “curar o mundo” colocando a ciência ao serviço da preservação – está a ser bem recebida pelo mercado porque ainda recentemente angariou, numa ronda de investimento Série B, cerca de 150 milhões de dólares.