Corpoworking, mais uma nova tendência no mundo do trabalho

Juntar num escritório único funcionários, freelancers e nómadas digitais é a base de mais uma nova tendência empresarial, o corpoworking.

Corporate e working são as bases de um novo modelo de trabalho que está a chegar às empresas, o corpoworking ou coworking in company. Consiste num espaço de coworking criado dentro das instalações de uma empresa, que, desta forma, centra a sua estratégia de recursos humanos em novas organizações de trabalho para promover a retenção dos seus talentos, minimizar custos e, também, ganhar alguma agilidade.

O corpoworking pode inclusive reunir várias áreas vitais da empresa num mesmo local inovador para assim promover a colaboração e o espírito de equipa. Dentro desses espaços podem conviver funcionários de diferentes departamentos, bem como pessoas de fora da empresa, como prestadores de serviços, parceiros … sempre com autorização da empresa anfitriã. Trata-se, em suma, de um espaço de trabalho na empresa com profissionais de diversas tipologias (freelancers, nómadas digitais…), que convivem durante um período de tempo determinado desempenhado a sua atividade profissional.

O corpoworking reproduz os códigos do já familiar coworking em que a gestão do local de trabalho presta serviços, desenvolve a comunidade e trabalha no bem-estar dos membros. Todavia as suas características são diferentes porque, entre outras coisas, os utilizadores do corpoworking estão sujeitos ao horário de funcionamento da empresa; só os membros autorizados pela empresa anfitriã podem trabalhar no espaço; devem respeitar os processos estabelecidos; a sua circulação está sujeita às regras da empresa; e sem reserva prévia é difícil o acesso aos espaços do corpoworking.

Em França, por exemplo, já se encontram em funcionamento algumas iniciativas de corpoworking como a Villa Bonne Nouvelle, do Orange Group, localizada no centro de Paris, “uma montra de inovação em recursos  humanos”, afirma a empresa, e onde todos os envolvidos  “aprendem a conviver, experimentando novas práticas de gestão e de colaboração. Ou ainda o Le Tank, da Spintank, que reúne profissionais de media, designers e digitais.

Em qualquer dos casos, a empresa deve promover interações sociais entre as comunidades presentes e incentivar a partilha de experiências.

Não é claro se o corpoworking veio para ficar ou se é apenas mais uma experiência numa altura em que, e devido à emergência do teletrabalho originado pela pandemia, as empresas se viram obrigadas as repensar os seus escritórios e a rentabilizar os espaços de trabalho vagos.

Comentários

Artigos Relacionados