Conferência: Inovação Social em análise na Gulbenkian

A Fundação Calouste Gulbenkian está a ser palco da conferência “ Novas perspetivas para a Inovação Social”. Os trabalhos começaram ontem, e prolongam-se hoje, durante todo o dia.
“Impulsionar a inovação social na Europa como uma forma eficiente e eficaz de promover políticas públicas inclusivas e criadoras de riqueza”. Esta é a missão a que se propõe a conferência “Novas perspetivas para a Inovação Social”, uma organização conjunta da Comissão Europeia, do Governo Português e da Fundação Calouste Gulbenkian, que, desde ontem reúne, em Lisboa, cerca de 1400 participantes entre inovadores nacionais e internacionais, decisores políticos, empreendedores sociais, filantropos, investidores e business angels, entre muitos outros representantes de diferentes sectores de atividade, para discutir o discutir o futuro da inovação
Ontem, o primeiro dia de conferência contou com as presenças do primeiro-ministro António Costa, da ministra presidência e da modernização administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, e dos comissários europeus Marianne Thyssen e Carlos Moedas.
Na cerimónia de abertura, António Costa destacou o facto de a unidade da Europa se fortalecer na convergência económica mas também na social. Entre muitas ideias partilhadas com o auditório, frisou ser “fundamental que todos sintam que a sociedade é partilhada por todos e por isso a redução das desigualdades tem de ser uma prioridade”.
Mas uma das grandes novidades do dia foi o anúncio feito pelo comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação. Carlos Moedas divulgou que a Comissão Europeia lançou um prémio no valor de 2 milhões de euros para ideias e projetos que melhorem a mobilidade dos idosos. Designa-se Prémio Horizonte.
Salientou, ainda, o facto da inovação social ser uma ferramenta e uma forma de ligar os cidadãos e incluir as pessoas na sociedade e congratulou-se pelo facto de Portugal estar na frente da inovação social.
Hoje o dia de trabalho vai abordar temas como “Política de inovação social na Europa: que futuro?”; “Inovação social nos serviços sociais”; e “A Inovação Social e o futuro da Europa”, entre muitos outros temas. Será ainda entregue o prémio o Prémio Patient Innovation.
Alunos expõem
Inserida na conferência, estão em exposição, em modo marketplace, as aplicações feitas por cinco equipas de alunos que participaram no programa Apps for Good. Ontem, estiverem expostas as aplicações da SOS Signal, da Cook Wizard e da PT Halal, enquanto hoje é a vez das aplicações SOS Idosos e da Macro Educ.
O Apps for Good, foi lançado há cinco anos pelo CDI, uma Organização Não-Governamental presente em mais de 15 países. Pretende incentivar o jovens (entre os 10 e 18 anos) e os professores a utilizarem a tecnologia como forma de resolver os seus problemas, propondo um novo modelo educativo mais intuitivo, colaborativo e prático. O objetivo do programa é o desenvolvimento de Apps para smartphones e tablets que possam contribuir para a resolução de problemas relacionados com a sustentabilidade. “Estar presente numa iniciativa internacional tão importante como esta representa um enorme orgulho e satisfação”, frisou João Baracho, diretor executivo do CDI. “O programa Apps for Good é um excelente exemplo de inovação social, uma vez que as aplicações ajudam a encontrar uma nova e melhor reposta para uma determinada necessidade social não satisfeita”, concluiu.