Comissão Europeia adota novo Programa Europeu de Inovação

Colocar a Europa na vanguarda da nova vaga de inovação de tecnologia profunda e das empresas emergentes é o objetivo do novo Programa Europeu de Inovação que a Comissão apresentou esta semana.
A Comissão Europeia apresentou um novo Programa Europeu de Inovação que visa ajudar a Europa como protagonista no panorama da inovação mundial, desenvolvendo e colocando no mercado novos desafios para responder às necessidades mais prementes da sociedade.
“Temos de impulsionar os nossos ecossistemas de inovação para desenvolver tecnologias centradas no ser humano. Este novo Programa de Inovação baseia-se no importante trabalho realizado em matéria de inovação nos últimos anos e ajudar-nos-á a acelerar as transições digital e ecológica. O Programa assenta nas esferas digital, física e biológica e permitir-nos-á responder melhor às preocupações mais prementes, como eliminar a dependência dos combustíveis fósseis ou garantir o nosso abastecimento alimentar de forma sustentável”, declarou Margrethe Vestager, vice-presidente executiva de “Uma Europa Preparada para a Era Digital”.
Com a adoção de um novo programa de inovação, a Europa pretende ser o local onde os melhores talentos trabalham em conjunto com as melhores empresas, bem como o continente onde a inovação de tecnologia profunda prospera a fim de criar soluções inovadoras e revolucionárias que possam ser uma inspiração a nível mundial.
As inovações são suscetíveis de beneficiar todos os setores, desde as energias renováveis à agrotecnologia, construção, mobilidade e saúde, garantindo assim a segurança alimentar, reduzindo a dependência energética, melhorando a saúde dos cidadãos e tornando as economias mais competitivas.
O novo Programa visa, em particular, e entre outros aspetos, melhorar o acesso ao financiamento para as empresas emergentes e em expansão europeias através, por exemplo, da mobilização de fontes inexploradas de capital privado e da simplificação das regras de cotação; permitir que os inovadores experimentem novas ideias melhorando as condições dos ambientes de testagem da regulamentação; contribuir para a criação de “vales de inovação regionais” que reforçarão e ajudarão a conectar os intervenientes na inovação em toda a Europa, incluindo nas regiões menos desenvolvidas; atrair e manter talentos na Europa, nomeadamente através da formação de um milhão de talentos no domínio da tecnologia profunda, do aumento do apoio às mulheres inovadoras e da inovação nas opções de compra de ações dos trabalhadores de empresas emergentes; e melhorar o quadro político através de terminologia, indicadores e conjuntos de dados mais claros, bem como do apoio político aos Estados-membros.
A par disto, o Programa define 25 ações específicas no âmbito de cinco iniciativas emblemáticas, a saber: o financiamento das empresas em expansão; a promoção da inovação através de espaços de experimentação e de contratos públicos; a aceleração e o reforço da inovação nos ecossistemas de inovação europeus em toda a UE; a promoção, atração e manutenção de talentos no domínio da tecnologia profunda; e ainda o reforço dos instrumentos para a elaboração de políticas.
Mariya Gabriel, comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, salienta que “o novo Programa Europeu de Inovação assegurará que os inovadores, as empresas emergentes e as empresas em expansão se tornem líderes mundiais em matéria de inovação. Durante mais de um ano, consultámos as partes interessadas, tais como líderes de ecossistemas de inovação, empresas emergentes, unicórnios, mulheres fundadoras, mulheres que trabalham com capital de risco, universidades e empresas. Juntos, transformaremos a Europa na potência mundial da inovação de tecnologia profunda e das empresas emergentes”.