Bolt recebe 20 milhões de euros e investe em mobilidade em países emergentes

Com o investimento angariado, a empresa quer estimular o empreendedorismo e melhorar o acesso das mulheres aos transportes em África e Europa Oriental.

A Bolt estabeleceu uma parceria com a Corporação Financeira Internacional (IFC) – membro do Grupo do Banco Mundial e uma das maiores instituições de desenvolvimento global centrada no setor privado nos mercados emergentes – para ajudar a promover o acesso a serviços de mobilidade em economias emergentes.

Na sequência deste acordo, os 20 milhões de euros de investimento e os serviços de consultoria prestados pela IFC contribuirão para que a Bolt possa expandir as suas soluções de mobilidade e criar oportunidades de negócio que estimulem o empreendedorismo e melhorem o acesso aos transportes quer na Europa Oriental quer em África.

“Estamos ansiosos por estabelecer uma parceria com a IFC que nos permita continuar a apoiar o empreendedorismo, capacitar as mulheres e aumentar o acesso a serviços de mobilidade a preços acessíveis em África e na Europa Oriental. Juntamente com o investimento do Banco Europeu de Investimento no ano passado, orgulhamo-nos de ter instituições importantes e estrategicamente relevantes a apoiar-nos e a reconhecer o valor estratégico que a Bolt está a proporcionar às economias emergentes”, frisou Markus Villig, CEO e fundador da Bolt.

Neste momento, a Bolt está a criar uma categoria “só para mulheres” na África do Sul com o objetivo de ajudar a responder às suas necessidades de segurança e melhorar a sua mobilidade, ao permitir ligar condutores do sexo feminino a passageiros do mesmo sexo.

Stephanie von Friedeburg, vice-presidente senior de operações do IFC, destacou o facto de a tecnologia poder e dever desbloquear novos caminhos para o desenvolvimento sustentável e o empoderamento das mulheres. “O nosso investimento na Bolt visa ajudar a explorar a tecnologia disruptiva do setor dos transportes de uma forma que seja positiva para o ambiente, crie oportunidades de trabalho mais flexíveis para as mulheres, e proporcione um acesso ao transporte mais seguro e mais acessível nos mercados emergentes”, acrescentou.

Refira-se que a Bolt entrou no mercado da África do Sul em 2016, naquela que foi a sua primeira aposta no continente africano. Atualmente, já opera em sete países proporcionando oportunidades de negócio mais de 400 mil condutores em 70 cidades de todo o continente.