Aceleradores passam a ser cada vez mais investidores nas start-ups

Os aceleradores vão passar a trabalhar cada vez mais diretamente com clientes corporativos e vão tornar-se em investidores nas start-ups. Estas são as conclusões de um relatório europeu sobre aceleração apresentado recentemente pela Beta-i.

Os aceleradores passam cada vez mais a trabalhar diretamente com clientes corporativos, de forma a ajudarem na sua relação com o universo das start-ups, mas também nos seus processos internos de inovação, formando intrapreneurs, segundo o relatório europeu sobre aceleração apresentado pela Beta-i, com o apoio da European Accelerators Network, da Startup Europe e da Fundação Calouste Gulbenkian.

O relatório baseia-se num estudo e nos ensinamentos retirados de entrevistas com mais de 60 aceleradores diferentes, incluindo referências como o 500 Startups ou o Tech Stars, durante o European Accelerator Summit (2015), que teve lugar em Lisboa. Este relatório identifica tendências dominantes, desafios e oportunidades no campo da aceleração, de forma a permitir uma compreensão global de toda a indústria.

O relatório avança ainda que a internacionalização irá manter-se como uma tendência forte, sendo esperado que as organizações que gerem programas de aceleração, se tornem, cada vez mais, também investidores nas start-ups que ajudam a acelerar.

Ainda de acordo com o relatório, espera-se que  a educação se torne numa das maiores áreas de aceleração, à medida que as universidades procuram respostas mais efetivas para educar na ótica do empreendedorismo.

Tendo em conta estas conclusões, a Beta-i traça Desafios e Recomendações, um documento onde avança que os aceleradores possuem potencial para fazer ainda mais pelo ecossistema, acreditando que estas organizações podem dar um contributo significativo para a competitividade da economia europeia.

Para a aceleradora, a Colaboração Transnacional, Colaboração Empresas/ Start-ups, Políticas Públicas ou Educação são algumas das área de intervenção que considera críticas.

“A aceleração é uma ferramenta poderosa e em expansão e acreditamos que estes documentos adiantam propostas-chave e sugestões que nos podem ajudar a potenciar a aceleração no espaço europeu, para permitir uma economia de start-ups mais robusta”, explica a Beta-i em comunicado.

Ricardo Marvão, cofundador e head of global resources da Beta-i, refere que é “benéfico que todos sejam capazes de desenvolver os melhores aceleradores possíveis, melhorando os nossos programas e dando apoio da mais alta qualidade às nossas start-ups”.

 

Comentários

Artigos Relacionados