Astanor Ventures lança fundo de 325 milhões de dólares para start-ups de food tech

O novo fundo da empresa de capital de risco destina-se a ideias de start-ups europeias e norte-americanas que ajudem a atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), delineados pela ONU até 2030.
A Astanor Ventures, empresa de capital de risco sediada em Bruxelas e fundada por Eric Archambeau e George Coelho, anunciou o lançamento de um fundo de 325 milhões de dólares (273 milhões de euros) que terá como alvo start-ups e empreendedores da Europa e da América do Norte focados na resolução de problemas para a produção de alimentos e no combate às mudança climáticas, avança o TechCrunch.
As mudanças climáticas, o crescimento da população e, mais recentemente, a pandemia estimularam a procura por fontes alternativas de alimentos, cadeias de abastecimento mais curtas e formas de adaptação a um clima cada vez mais imprevisível. Mas, “todo o sistema precisa de ser consertado”, explicou Eric Archambeau, cofundador e sócio da Astanor Ventures, acrescentando que “há agora uma necessidade urgente de um investidor de impacto como o Astanor, que está a usar a tecnologia e capital para provocar uma revolução na alimentação e na agricultura”.
Archambeau, ex-presidente da Jamie Oliver Food Foundation, fundou a empresa com Coelho em 2017. Até agora, a Astanor Ventures investiu em mais de 20 start-ups europeias e norte-americanas que trabalham para acelerar a agricultura regenerativa, inovar nas técnicas de produção de alimentos, bem como promover a cultura alimentar.
Entre as start-ups do seu portefólio, está a Ynsect, que cria refeições de minhocas que produzem proteína para gado, comida de animais de estimação e fertilizantes em França, a empresa de agricultura vertical Infarm, com sede em Berlim, a La Ruche Qui dit Oui, uma plataforma francesa que permite comprar produtos diretamente aos produtores locais, e a Apeel Sciences, empresa californiana que combate o desperdício de alimentos.
O fundo de capital de risco – um dos maiores do mundo focado exclusivamente em agritechs, de acordo com dados da Dealroom – atraiu recursos de escritórios familiares, fundos de dotação e de um braço de investimento do Morgan Stanley.
“Procuramos pessoas ambiciosas e com uma missão”, disse Archambeau. “Sabemos que existem muitos obstáculos, mas também sentimos que uma nova geração de agricultores entende os problemas. Não vai ser da noite para o dia, mas somos investidores pacientes”, concluiu.