As 10 tecnologias emergentes de 2025, segundo o Fórum Económico Mundial

O relatório “As 10 Principais Tecnologias Emergentes de 2025” destaca 10 inovações com potencial para remodelar indústrias e sociedades.

Desenvolvido pelo Centre for The Fourth Industrial Revolution  (C4IR), do Fórum Económico Mundial (WEF, na sigla inglesa), em colaboração com a Frontiers, o relatório “As 10 Principais Tecnologias Emergentes de 2025” inspira-se em inovações que criam oportunidades para enfrentar os maiores desafios da humanidade, e destaca 10 inovações com potencial para remodelar as indústrias e a sociedade.

Assim, e com base em indicações de especialistas e numa rigorosa avaliação prospetiva, o relatório abrange desde compósitos estruturais para baterias até energia osmótica e marca d’água de conteúdo gerado por IA. As descobertas fornecem aos líderes uma perspetiva prospetiva para aproveitar tecnologias transformadoras em prol do crescimento sustentável, da resiliência e da inovação inclusiva.

Como explica Frederick Fenter Chief Executive Editor, Frontiers, “este relatório tem um propósito claro: catalisar diálogos prospetivos e moldar agendas tecnológicas conectando pesquisas de ponta com aqueles que podem ajudar a promovê-las. Ao identificar tecnologias no seu ponto de inflexão – onde a conquista científica encontra o potencial prático – fornecemos aos líderes governamentais, empresariais e científicos os insights necessários para tomarem decisões com visão de futuro num cenário em rápida evolução”.

As 10 principais tecnologias emergentes de 2025:

Structural battery composites (SBCs)
Os compósitos estruturais para baterias (SBCs) combinam armazenamento de energia e resistência estrutural num único material, reduzindo o peso e melhorando a eficiência em veículos e aeronaves. Embora ainda em desenvolvimento, os SBCs oferecem importantes benefícios em termos de sustentabilidade e custo. Ainda existem desafios em termos de desempenho, segurança e regulamentação antes de poderem ser adotados de forma generalizada.

Sistemas de energia osmótica
Os sistemas de energia osmótica geram energia limpa e estável a partir de diferenças na salinidade da água, utilizando membranas. Avanços recentes nos materiais e no design reanimaram esta tecnologia. Com projetos-piloto em andamento, a energia osmótica promete gerar eletricidade sustentável, purificação de água e recuperação de recursos, dependendo de mais investimentos e redução de custos.

Tecnologias nucleares avançadas
Com o aumento da procura de energia, as tecnologias nucleares avançadas ganham impulso. Inovações como pequenos reatores modulares (SMRs) e sistemas de arrefecimento de última geração prometem energia verde mais segura, barata e escalável. Com o aumento do investimento global, a fissão lidera a implantação a curto prazo, enquanto a fusão permanece uma meta de longo prazo para um futuro energético com zero carbono.

Terapias vivas projetadas
As terapias vivas projetadas são micróbios ou células modificadas que produzem medicamentos dentro do corpo, oferecendo tratamento direcionado e sustentado com custos mais baixos e menos efeitos colaterais. Possibilitada pela biologia sintética, essa abordagem pode transformar o tratamento de doenças crónicas. Os principais desafios são a segurança, a regulamentação e a aprovação clínica em larga escala.

GLP-1s para doenças neurodegenerativas
Os medicamentos com GLP-1, originalmente para diabetes e obesidade, mostram-se promissores no tratamento de Alzheimer e de Parkinson devido aos seus efeitos neuroprotetores. Estudos iniciais sugerem benefícios como a redução da inflamação cerebral e melhoria da função celular. Embora os resultados sejam encorajadores, são necessários mais ensaios clínicos e medidas regulatórias para confirmar a eficácia e a acessibilidade.

Sensores bioquímicos autónomos
Sensores bioquímicos autónomos detetam continuamente marcadores de saúde ou ambientais sem intervenção humana, utilizando wireless e sistemas self power. Potencializados por avanços em bioengenharia e nanotecnologia, oferecem monitorização em tempo real para aplicações como rastreamento de glicose ou deteção de poluição. Os principais desafios incluem a vida útil do sensor, o custo e as questões regulatórias relacionadas com organismos geneticamente modificados.

Fixação verde de nitrogénio
A fixação verde de nitrogénio visa reduzir a alta pegada de carbono da produção convencional de amônia, essencial para o abastecimento global de alimentos. Métodos emergentes utilizam energia renovável, micróbios modificados ou sistemas à base de lítio para produzir amônia de forma mais sustentável. Embora ainda em estágio inicial, essas inovações podem localizar a produção e descarbonizar a agricultura e o transporte marítimo.

Nanozimas
As nanozimas são nanomateriais sintéticos que imitam enzimas naturais, oferecendo maior estabilidade, custos mais baixos e funcionalidade mais ampla. Estão a avançar rapidamente na medicina, especialmente no câncer e nas doenças neurodegenerativas, bem como na limpeza ambiental e na segurança alimentar. Apesar dos obstáculos regulatórios e técnicos, têm um mercado potencial de 57,95 biliões de dólares até 2034, e a sua comercialização está a avançar.

Deteção colaborativa
Conecta sensores em residências, cidades e veículos em redes inteligentes alimentadas por IA. Esses sistemas permitem a tomada de decisões compartilhadas em tempo real para aplicações como controle de tráfego, monitorização ambiental e veículos autónomos. Os principais desafios incluem a privacidade de dados, restrições de energia e desenvolvimento de algoritmos multimodais para integração perfeita de sensores.

Marcas d’água de IA generativa
A marca d’água de IA generativa incorpora marcadores invisíveis em texto, imagens, áudio e vídeo para verificar a autenticidade e rastrear as origens. À medida que o conteúdo de IA prolifera, essas tecnologias ajudam a combater a desinformação e a proteger a propriedade intelectual. Embora a sua adoção esteja a aumentar, ainda têm de resolvidos desafios como a falta de padrões e questões éticas.

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