App com base em realidade virtual pode ajudar a encontrar emprego

O INESC TEC vai testar uma app baseada em realidade virtual que ajuda a procurar emprego. O projeto é europeu e designa-se LifeSkills VR – Life Skills for Employment in COVID-19 Era through VR Innovation.
Há um novo projeto que pode facilitar a procura de emprego e que recorre à tecnologia de realidade virtual. Trata-se do LifeSkills VR – Life Skills for Employment in COVID-19 Era through VR Innovation e está a ser desenvolvido por um consórcio europeu de que fazem parte seis instituições, de cinco países, entre as quais o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). Coube a este Instituto representar Portugal e testar a referida aplicação de realidade virtual no mercado português, uma app que, recorrendo a técnicas de gamificação, “será capaz de identificar as qualidades e competências de jovens fora do mercado de trabalho e combiná-las com as características de determinada profissão, direcionando-os para o emprego mais adequado ao seu perfil e, simultaneamente, promover a aquisição de novas competências digitais”.
António Coelho, responsável pelo projeto no INESC TEC, e professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), espera também que a nova ferramenta “ajude o utilizador a desenvolver algumas soft skills, nomeadamente trabalho em equipa, gestão de tempo, resposta a problemas ou a lidar com o erro”.
Em comunicado, o INESC TEC explica que a ideia subjacente ao LifeSkills VR ocorreu durante a pandemia de Covid-19, para contornar o problema do aumento do desemprego que está a afetar a Europa nesta fase. A aplicação surge como uma alternativa aos testes vocacionais, combinando técnicas de gamificação e o modelo de Holland (ou RIASEC), que define seis tipos de personalidades/ambientes: Realista, Investigador, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional.
Itália, Grécia e Reino Unido são alguns dos países que também estão a efetuar experiências piloto com esta aplicação, que é financiada, em cerca de 300 mil euros, através do programa ERASMUS+.
Estima-se que a aplicação esteja disponível para ser testada nas agências de emprego, centros de orientação profissional, organizações não governamentais, universidades e outras instituições que oferecem formação no decurso de 2023.
A par do INESC TEC, o projeto tem como parceiros o Centre for Factories of the Future Limited (Reino Unido), que lidera o consórcio, o IDEC (AINTEK A.E.) (Grécia), o Fondazione Polo Universitario Grossetano e ARTES 4.0 – AdvancedRobotics and Enabling Digital Technologies & Systems (Itália) e o Mediterranean Maritime Research and Training Centre (Malta).