Adesivo ultrassom colocado no corpo facilita a deteção de cancro

A invenção para rastrear células cancerígenas é de uma professora do MIT e pode ser usado em diferentes partes do corpo.
A investigação médica em torno das várias formas de cancro tem permitido a criação de dispositivos inovadores no tratamento e prevenção da doença, como é exemplo recente a invenção de uma equipa do MIT. Liderada pela professora Canan Dağdeviren, o grupo de pesquisa Conformable Decoders desenvolveu um monitor de ultrassom wearable que tem a capacidade de revelar a presença de células cancerígenas no corpo.
Inspirada por uma situação familiar de luta contra o cancro, Canan Dağdeviren começou por desenvolver a ideia de um soutien equipado com dispositivo eletrónico com ultrassom com capacidade para analisar e detetar cancro da mama ainda numa fase inicial. A ideia da investigadora acabou por tomar outro rumo com a criação de um adesivo de ultrassom flexível e que se coloca no soutien preso por ímãs. Feito numa impressora 3D, o dispositivo é do tamanho da palma da mão e adapta-se ao formato da mama. A tecnologia de ultrassom que integra teve de ser reduzida. A captura de informação é feita em tempo real e os dados podem ser enviados para o telemóvel da utilizadora.
Canan Dağdeviren e a sua equipa demonstraram, num trabalho publicado na Science Advances, que o scanner poderia detetar quistos com até 0,3 centímetros de diâmetro. A investigadora acredita que esta a tecnologia poderá ser aplicada para rastrear outras partes do corpo humano.
Segundo a coordenadora do projeto, o dispositivo tem potencial para salvar anualmente 12 milhões de pessoas. Assim que a tecnologia for aprovada pela norte-americana Food and Drug Administration (FDA), o seu objetivo é licenciá-lo para utilização nos sistemas de saúde.