A nova geração de ecossistemas tech, segundo relatório da Dealroom

No seu mais recente relatório, o Dealroom.co conclui que os próximos anos serão dominados pela inovação radical e pela necessidade de tipos de ecossistemas tecnológicos de última geração que possam reunir empreendedorismo, capital, deep I&D e ciência.

O relatório da Dealroom.co “The next generation of tech ecosystems” baseou-se na análise a 201 cidades/hubs tecnológicos, de 65 países, e nele fica patente que os ecossistemas tech estão a nascer em todo o lado.

Revela que atualmente existem 168 cidades com pelo menos um unicórnio. Em 2010, existiam apenas em 12 cidades. Por outro lado, o conhecimento sobre a construção de start-ups tornou-se muito mais difundido na última década e hoje a inovação e o empreendedorismo são os principais motores do crescimento económico. Os dados apurados mostram ainda que, segundo o Dealroom.co, os unicórnios podem ser excelentes fábricas fundadoras, criando um efeito positivo.

Globalmente, o relatório permite concluir que os próximos anos serão dominados pela inovação radical e pela necessidade de tipos de ecossistemas tecnológicos de próxima geração que possam reunir o empreendedorismo, o capital, a I&D e a ciência.

O relatório analisa os hubs tendo por base três visões, combinando critérios de ponderação específicos para cada uma delas: trailblazers (desbravadores), science hubs (centros de ciência) e rising stars (estrelas em ascensão).  Assim, em vez de medir um status quo, o conjunto de parâmetros de referência contemplados são como que uma ferramenta para ajudar os ecossistemas a compreender e medir a sua maturidade e preparação para o futuro.

O benchmarking incorpora fatores como taxas anteriores de sucesso de start-ups, investimento de capital de risco levantado por start-ups de uma cidade em diferentes estágios da sua jornada de crescimento, produção empreendedora de universidades e registos de patentes – a primeira vez que esses conjuntos de dados foram combinados.

No que concerne aos ecossistemas desbravadores, o relatório Dealroom identifica nos primeiros lugares os hubs de Bay Area, Nova Iorque e Boston, já que lideram em quase todas as métricas da análise. De acordo com o Dealroom, estes locais beneficiam da presença de um forte setor de venture capital. O sucesso impulsiona, globalmente, a indústria tech e de VC.

Trailblazers (Top 10)

Table: “The next generation of tech ecosystems” Report by Dealroom.co Source: Dealroom.co Get the data Created with Datawrapper

No caso dos centros de ciência, o foco vai para deep tech, para o talento universitário e para as patentes. A combinação destas vertentes com o capital de risco, perspetiva um poderoso cenário de inovação. A densidade é igualmente um fator importante para os centros de ciência, em especial os clusters mais especializados, conclui o relatório. Frisa ainda que estes centros de ciência são essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias de ponta como é o caso de deep tech.

Science Hubs (Top 10)

Table: “The next generation of tech ecosystems” Report by Dealroom.co Source: Dealroom.co Get the data Created with Datawrapper

No item rising star, destaque para facto de estarem no topo ecossistemas pouco óbvios e geralmente associados a economias emergentes, com custo de vida baixo. Vejam-se os casos de Bengaluru (Índia), Curitiba (Brasil) e Bogotá (também na Índia). Estes ecossistemas beneficiam da globalização do capital de risco e das equipas distribuídas, assim como da presença de VCs early stage locais. Falta-lhes, contudo, investidores follow-on e conexões com ecossistemas maiores para poderem prosperar.

Rising Stars (Top 10)

Table: “The next generation of tech ecosystems” Report by Dealroom.co Source: Dealroom.co Get the data Created with Datawrapper

 

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