Inovação: Primeira Zona Livre Tecnológica nacional apresentada ontem

A ZLT Infante D. Henrique vai testar sistemas de defesa e segurança marítima inovadores. A Agência Nacional de Inovação (ANI) é responsável pela coordenação e gestão das ZLT em Portugal.
Foi apresentada ontem no Centro de Experimentação Operacional da Marinha, em Troia, a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) reconhecida pelo Governo português. A ZLT Infante D. Henrique vai testar, em mar aberto e circunstâncias reais, sistemas de segurança e de defesa não tripulados e outras tecnologias em ambientes de subsuperfície, superfície (terrestre e molhado) e aéreo.
Esta que é a primeira Zona Livre Tecnológica (ZLT) nacional, ocupará uma área superior a mil milhas quadradas, abrange parte dos concelhos de Sesimbra, Setúbal e Grândola. A sua monitorização será efetuada a partir do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM).
A ZLT Infante D. Henrique tem como missão promover a colaboração com a indústria, a academia e os utilizadores finais, e, simultaneamente, atrair projetos de experimentação inovadores com tecnologias emergentes e disruptivas no meio marítimo, tornando a região como um polo de inovação de reconhecido valor a nível mundial.
A Agência Nacional de Inovação (ANI), entidade responsável por coordenar e gerir as ZLT em Portugal, já recebeu 12 manifestações de interesse (candidaturas), oito das quais favoráveis. As potenciais ZLT pretendem experimentar e testar projetos de mobilidade, fintech, comunicações e ambiente.
Joana Mendonça, presidente da ANI, frisou que para a Agência “o mais importante é o estímulo à inovação e a aceleração da entrada de novas tecnologias no mercado que as ZLT podem representar, bem como potenciar a atração de talento, investimento e projetos inovadores para o país. Já existem instrumentos semelhantes noutros países, mas Portugal tem um enorme potencial, já que a medida poderá abranger todos os setores”.
As ZLT, refira-se são espaços (físicos e/ou virtuais) próprios para realização de testes e experimentação em ambiente real ou quase-real, permitindo reduzir assim o tempo de chegada de novas tecnologias ao mercado.