Fundação Oceano Azul procura soluções para valorizar o capital marinho
O Blue Natural Capital Challenge quer encontrar mecanismos que promovam a valorização económica do pescado em Áreas Marinhas Protegidas. O projeto vencedor ganha 150 mil euros.
A Fundação Oceano Azul lançou ontem um concurso que desafia economistas a juntarem-se a juristas, cientistas e marketeers, entre outros profissionais, para conjuntamente desenvolverem instrumentos que contribuam para a valorização económica do capital natural marinho português.
Designada “Blue Natural Capital Challenge”, a iniciativa tem como tema “Take less, Earn more” e quer atrair projetos que valorizem o pescado nas Áreas Marinhas Protegidas (AMP) e áreas envolventes, para, deste modo, aumentar o valor comercial do pescado através da valorização da sua origem, e ser uma garantia de qualidade.
A participação neste concurso da Fundação Oceano Azul pode ser feita até dia 20 de maio. A avaliação e seleção da proposta vencedora realiza-se em junho e o desenvolvimento do projeto decorre até 31 de dezembro de 2023.
A solução vencedora, que deverá ser uma intervenção de cariz económico, com contributos da área legal e da área de comunicação/marketing, será distinguida com um prémio no valor de 150 mil euros para apoiar a implementação.
“É urgente reunir esforços para mudar o atual paradigma económico, que não incorpora a valorização dos recursos naturais, contribuindo para a sua destruição ao invés da sua preservação. No caso concreto das pescas, a Fundação Oceano Azul acredita que o crescimento económico deve estar assente na criação de mais valor por unidade de captura, aproveitando a riqueza e diversidade do mar português”, explicou Tiago Pitta e Cunha, presidente executivo da Fundação Oceano Azul. Acrescentou ainda que “fator diferenciador será a qualidade, e não a quantidade, de peixe pescado, valorizando-se a biodiversidade e o rendimento dos pescadores”.








