Pandemia melhorou o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, dizem os jovens dos EUA
Um novo estudo da MetLife revela que metade dos trabalhadores jovens afirma que a pandemia trouxe benefícios na relação trabalho/vida pessoal.
O 19.º estudo anual da MetLife sobre tendências de benefícios dos trabalhadores nos Estados Unidos da América (EUA), constatou que mais de metade dos colaboradores entre os 20 e os 29 anos (51%), incluídos na geração Z e millennials, asseguram que o seu equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é melhor agora do que antes da pandemia.
Por sua vez, só um quarto dos baby boomers (geração nascida entre 1946 e 1964) partilha esta opinião, o que revela a diferença de visão entre gerações acerca da transição para o teletrabalho que ocorreu no decurso da pandemia, com os baby boomers a viverem de forma mais forte os impactos negativos do trabalho remoto.
No inquérito realizado pela MetLife, os boomers afirmam que os problemas associados à criação de limitações (33%) e a diminuição da socialização (42%) são, por exemplo, duas das razões para o descontentamento com a situação laboral atual. Já os trabalhadores mais jovens destacam a possibilidade de passar tempo com a família (40%) e trabalharem num local melhor (30%) como os motivos para que o equilíbrio entre a vida laboral e profissional tenha melhorado.
O “19th MetLife Employee Benefit Trends Study 2021” constatou também que os trabalhadores mais jovens dão prioridade à flexibilidade no local de trabalho ao invés de um salário mais alto. Já os baby boomers são mais propensos a sentir falta das interações pessoais com os colegas.
No que concerne à conexão entre o tempo livre e a melhoria do bem-estar, 36% dos trabalhadores na faixa dos 20 anos indicam que tiraram mais dias de baixa – principalmente por razões de saúde física ou mental – enquanto somente 8% dos baby boomers o fizeram. A maioria indicou as restrições de viagens e a grande carga de trabalho como principais razões para não desfrutarem do tempo livre.
A análise da MetLife salienta que é fundamental as empresas oferecerem benefícios que se adaptem às etapas de vida e às necessidades pessoais dos empregados, assim como ter em conta a sua saúde física, mental, social e financeira. Aliás, os trabalhadores que declararam que a sua empresa lhes oferece um pacote de benefícios que satisfaz as suas necessidades são 43% mais propensos a sentir resiliência e capazes de se adaptarem e recuperar face às adversidades. 96% dos trabalhadores mais resilientes são mais produtivos, 91% são mais comprometidos e 68% têm maior integridade, em comparação com a média deste estudo.
Refira-se ainda que os profissionais mais jovens mostraram maior preocupação em áreas diferentes das que foram apontadas pelos profissionais mais seniores. Para 75% dos mais jovens, a saúde mental é a mais importante (face a 34% dos baby boomers), seguindo-se a saúde financeira referenciada por 69% dos mais jovens, face a 37% dos mais velhos Já a saúde física foi apontada por 64% dos mais jovens contra 38% dos baby boomers.
Oscar Herencia, vice-presidente do Sul da Europa e diretor-geral da MetLife na Ibéria, alertou para o facto de que “à medida que o local de trabalho evolui e se torna mais personalizado, as empresas devem ter em conta os desejos e necessidades dos seus colaboradores e refletir estas aprendizagens nos benefícios e experiências de trabalho que lhes proporcionamos”.








