Google vai financiar organizações criadas por mulheres

A Google acaba de anunciar o Google.org Impact Challenge for Women and Girls, destinado a financiar organizações sem fins lucrativos e organizações sociais de todo o mundo que trabalham na promoção do empoderamento económico de mulheres e raparigas. Ministra portuguesa da Cultura integra painel de juradas.

A Google acaba de anunciar um novo Impact Challenge (“desafio de impacto”, na tradução livre em português) para encontrar e financiar projetos que visem criar caminhos para a prosperidade de mulheres e raparigas ou ajudá-las a encontrar potencial económico. A gigante tecnológica tem 25 milhões de dólares (21 milhões de euros) para os projetos selecionados e cada iniciativa poderá receber entre 300 mil a dois milhões de dólares, além de acompanhamento ao longo da jornada.

“É uma oportunidade para abrir as nossas portas e dizer que estamos interessados nas melhores ideias, sobre como podemos melhorar as oportunidades económicas, sobretudo para as mulheres. Já fizemos alguns desafios antes e esta estrutura é muito aberta. Queremos ver ideias, entender o que pensam que pode ser o ponto de crescimento real destes caminhos. A Google vai estar ao lado destes vencedores e oferecer os recursos necessários, que sabemos que é o que as organizações mais precisam para as suas ideias”, explica Jacquelline Fuller, presidente do Google.org.

As candidaturas para o Google Impact Challenge terminam a 9 de abril, sendo que a empresa aceita propostas de qualquer instituição de solidariedade e organização sem fins lucrativos que cumpra os objetivos indicados. Numa segunda fase, as organizações com maior potencial terão de apresentar mais informações sobre o seu projeto. Jacquelline Fuller enumera algumas das características dos projetos que a Google está à procura: inovação, capacidade de escalar e também a garantia da igualdade.

“Queremos saber como podemos ajudar as mulheres e raparigas que têm maior desvantagem, como podemos utilizar esta fusão da tecnologia e financiamento, mas também saber como é que os vencedores vão atingir um destaque local que depois vai ajudá-los a contar a sua história e a catalisar ainda mais investimento”, acrescenta Jacquelline Fuller.

Para selecionar os projetos vencedores há um painel de jurados que conta com personalidades femininas oriundas de mais de 15 países e de várias áreas, desde o mundo da política à tecnologia e investigação. Entre elas está a ministra da Cultura, Graça Fonseca, e também personalidades como Mary Robinson, antiga Presidente da Irlanda e Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Susan Wojcicki, presidente do YouTube, e a cantora Shakira. As organizações selecionadas serão anunciadas no final deste ano.

Comentários

Artigos Relacionados