Líderes portugueses entre os mais pessimistas do mundo, conclui estudo.

A preocupação com as novas qualificações necessárias ao sucesso num mundo alterado pela COVID-19 e com os acordos comerciais globais, são alguns dos tópicos que preocupam os CEO e CMO internacionais.
O Worldcom Confidence Index (WCI) é um estudo mensal sobre a confiança e receios dos CEO e CMO, conduzido pelo The Worldcom Public Relations Group (Worldcom), que acaba de revelar os indicadores relativos ao mês de julho e algumas das conclusões que ressaltam no panorama internacional.
Uma delas refere-se ao facto de haver um aumento significativo da confiança dos líderes de países que emergem agora do confinamento motivado pela pandemia, por exemplo, a China, com um crescimento dos níveis de confiança na ordem dos 26%. Por outro lado, os líderes estão agora focados nas novas qualificações necessárias para o sucesso num mundo em que o COVID-19 domina. O tópico das qualificações e requalificações mantêm-se também nas prioridades dos líderes.
Acresce a estes dados o facto de outros dos tópicos de maior preocupação dos CEO e CMO estar relacionado com os Acordos Comerciais Globais e Tarifas, sendo nesta matéria Portugal o país onde os líderes estão menos confiantes. Aliás, Portugal está entre os nove países menos confiantes de todo o Worldcom Confidence Index, ocupando, num ou mais tópicos, o último lugar.
Por sua vez, a China registou o maior aumento de confiança dos seus líderes (26%), enquanto na República Checa, Suécia, Itália, Países Baixos, Rússia, Finlândia, Polónia, Dinamarca e Bélgica, a confiança dos CEO e CMO regista um aumento entre os 20% e os 24%, comparando com os valores de junho.

Mudanças de Confiança por país entre junho e julho de 2020
No domínio das qualificações e requalificações a Hungria revelou o menor nível de confiança, com apenas 11.95. Já o Japão conta com um nível de confiança quase três vezes mais alto, com um valor de 34.55, constituindo-se como o país número um neste tópico.
Também os tópicos relacionados com os trabalhadores estão nos lugares cimeiros das prioridades dos líderes. Por outro lado, os níveis de engagement relacionados com a retenção de talento aumentaram 56%, ocupando o o segundo lugar da atenção dos líderes.
Um outro indicador pertinente deste estudo do Worldcom Confidence Index é o aumento de confiança dos grupos mais novos de líderes. Os millennials são o segundo grupo mais confiante de líderes, estando atrás apenas do grupo de líderes com mais de 65 anos. Isso pode resultar, segundo o estudo, de um método de trabalho mais orientado em função de propósitos e objetivos.
Perante estas conclusões, Roger Hurni, Chair do The Worldcom Public Relations Group, afirmou que “esta janela em movimento que fornecemos sobre como se sentem os líderes a nível global demonstra quão frágil é a sua confiança nas atuais circunstâncias. Confirma também a maior preocupação dos líderes nas qualificações necessárias ao sucesso num mundo marcado pela COVID-19.”
As conclusões do estudo podem ser consultadas na totalidade no site do Worldcomgroup.